O mês de setembro vai chegando ao fim com bom humor nos mercados internacionais. Se na quinta-feira (28) os dados americanos que reduziram as apostas sobre a continuidade do processo de aumento de juros, nesta sexta-feira (29) a inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro, abaixo do esperado, abre a possibilidade de que o Banco Central Europeu (BCE) deixe seus juros inalterados.
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Algumas incertezas, no entanto, permanecem, como a divergência entre a Câmara dos Representantes e o Senado dos Estados Unidos sobre a solução para garantir o financiamento do governo, mas após um período de fortes ajustes os investidores parecem mais propensos à tomada de risco. As principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York operam em alta.
O dólar continua se enfraquecendo ante outras moedas forte, enquanto os contratos futuros do petróleo operam em alta moderada e os preços futuros do minério de ferro tiveram ganhos de 1,14% na madrugada em Cingapura, a US$ 119,40 por tonelada. As negociações em Dalian estão suspensas, em função de feriado na China.
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O tom positivo mundo afora tende a impulsionar os ativos domésticos. O front fiscal ainda segue no radar, mas o esse ímpeto externo deve continuar a retirar prêmios da curva a termo local, a despeito das incertezas relacionadas à trajetória das contas públicas.
Agenda econômica
Brasil: A agenda conta com uma palestra online do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Spring Investment Meeting (9h00). O diretor de Política Econômica da entidade, Diogo Guillen, participa de um fórum do mercado financeiro (11h00). Já entre os indicadores econômicos, destaque para os dados do setor público consolidado de agosto (8h30) e a taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto (9h00).
EUA: A inflação ao consumidor, medida pelo PCE (9h30), junto com a pesquisa sobre o sentimento e as expectativas de inflação do consumidor (11h00) da Universidade de Michigan são os principais direcionadores para os negócios.
Europa: O CPI da zona do euro desacelerou para 4,3% em setembro, ante 5,2% em agosto, segundo dados preliminares divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. A prévia do CPI de setembro ficou bem abaixo da expectativa de 4,8%.
Já o núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo de 4,5% em setembro ante igual mês do ano passado, perdendo força também em relação ao ganho anual de 5,3% de agosto.
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Enquanto isso, as vendas no varejo da Alemanha, a maior economia do bloco, caíram 1,2% em agosto ante julho, segundo dados publicados pela Destatis, um resultado bem pior que a expectativa de avanço de 0,5% noperíodo. Em relação a igual mês do ano passado, as vendas no setor varejista alemão tiveram contração de 2,3%.
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