O exterior opera misto nesta quinta-feira (31), refletindo a leitura de dados econômicos divergentes na Europa e na China, afastando os investidores do risco. Os índices futuros de Nova York e os principais mercados europeus oscilem ao redor da estabilidade.
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O dólar se valoriza ante outras moedas, enquanto os contratos futuros de petróleo ampliam os ganhos de ontem e os preços futuros do minério de ferro registraram fortes ganhos na madruga em Dalian, subindo 3,54% e cotados a US$116,47 por tonelada.
As commodities devem ser o principal direcionador durante as primeiras horas de negócios, mas o destaque da agenda é a aprovação do Projeto de Lei que prorrogará a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027, o que significa menos recursos e a manutenção do ambiente fiscal desafiador.
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Em meio à pressão de prefeitos, o PL aprovado também reduz de forma progressiva a alíquota da contribuição previdenciária para todos os municípios até 2027, com impacto calculado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) de R$ 7,2 bilhões anuais. Assim, todos os olhos devem estar atentos ao projeto de lei orçamentária de 2024 (PLOA), que chegará ao Congresso hoje, às 16h.
Agenda econômica
Brasil: A agenda traz como destaques a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do trimestre encerrado em julho (9h00) e o envio do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 ao Congresso (16h00), enquanto o Tesouro faz leilão de títulos públicos prefixados (11h00).
EUA: As atenções se voltam hoje para a leitura de julho do índice de preços de gastos com consumo (PCE), que será acompanhada por dados de renda pessoal e gastos com consumo (9h30), além dos pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30). A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Boston, Susan Collins, discursa (10h00).
Europa: O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro avançou 5,3% em agosto, na comparação anual, na leitura preliminar do indicador, divulgada pela Eurostat, enquanto se previa uma alta menor, de 5,1%. O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 5,3% na prévia de agosto, desacelerando depois do avanço de 5,5% visto em julho, em linha com o esperado.
A taxa de desemprego na zona do euro ficou em 6,4% em julho, informou a Eurostat, estável em comparação com o nível de junho. As vendas no varejo da Alemanha (a maior economia do bloco) caíram 0,8% em julho ante junho, segundo dados publicados pela Destatis, abaixo da expectativa de estabilidade no período. Em relação ao ano passado, as vendas no setor varejista alemão tiveram contração de 2,2%. Também foi divulgada a ata do Banco Central Europeu (8h30).
China: O índice de gerentes de compras (PMI) industrial subiu de 49,3 em julho para 49,7 em agosto, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país, um resultado acima da previsão de 49,5. É válido notar que, apesar da melhora do indicador, o valor indica uma contração pelo quinto mês consecutivo, sugerindo fraqueza contínua na segunda maior economia do mundo. Já o PMI de serviços caiu de 51,5 em julho para 51 em agosto, confirmando a previsão.
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