Após o rali observado no mercado ontem, o humor dos investidores é misto nesta manhã de quinta-feira, com os índices futuros de Nova York em baixa, enquanto as bolsas da Europa se ajustam em alta. A fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizando que a instituição não está considerando aumentos de juros maiores daqui em diante, além de demonstrar a expectativa de que a maior economia do mundo não deve desacelerar de forma abrupta, foi o propulsor para os ativos de risco.
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Hoje, o Banco Central inglês seguiu a mesma tônica, ao subir os juros, pela quarta vez seguida, em 25 pontos-base, mantendo a projeção de crescimento econômico inalterada. Indicadores de atividade, aliados a uma bateria de balanços, como do Societé Générale, Crédit Agricole, Arcelormittal, Ab Inbev e Royal Dutch Shell também ajudam a explicar o movimento dos mercados.
Em paralelo, as cotações do petróleo sobem no exterior, em meio as expectativas com a reunião ministerial da Opep+. Por aqui, o mercado deve se ajustar à sinalização do Copom de que o ciclo de aperto monetário ainda não acabou e que existe chance de que a Selic fique elevada por um período ainda maior.
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A notícia de que o Senado aprovou a medida provisória, que garante o pagamento mínimo permanente de R$ 400 mensais para beneficiários do Auxílio Brasil, deve aumentar a percepção de risco fiscal e, em conjunto com o recuo dos índices norte-americanos, pode limitar a extensão do movimento de alta visto na última sessão.
Agenda econômica 05/05
Brasil: Destaque para a divulgação da balança comercial de abril (15h00), indicador cuja publicação foi atrasada por causa da operação-padrão dos analistas de comércio exterior.
EUA: Saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30).
Europa: O Banco da Inglaterra (BoE) anunciou sua decisão de juros logo cedo (8h00). Na Alemanha, as encomendas à indústria vieram piores que o esperado. Ásia: O PMI composto da China caiu de 43,9 em março para 37,2 em abril, a segunda taxa de contração mais acentuada na história da série, evidenciando os impactos da pior onda de covid-19 que o país vem enfrentando.