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Veja o que esperar desta semana no Brasil e no mundo

Inflação No Brasil, nos EUA e na China estão no radar dos investidores com apostas sobre aperto de juros

Veja o que esperar desta semana no Brasil e no mundo
As 5 principais bolsas do mundo têm valor de mercado superior a US$ 1 trilhão. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
  • IPCA e índices de preços ao consumidor dos EUA e da China são focos de atenção
  • A atenção nos próximos dias fica ainda na ata do Comitê de Política Monetária (Copom)
  • Bateria de balanços como Banco do Brasil, Braskem e Eletrobras também devem mexer com o mercado

Por Luciana Xavier e Silvana Rocha – A inflação ao consumidor do Brasil e dos Estados Unidos em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficam em destaque na agenda desta semana em meio aos ajustes de apostas sobre alta de juros nos dois países. O CPI da China também está no radar dos investidores para a semana.

A atenção nos próximos dias fica ainda na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), nas vendas no varejo, na pesquisa de serviços e em uma bateria de balanços como Banco do Brasil, Braskem e Eletrobras. Hoje é a vez dos resultados do Itaú Unibanco.

As bolsas internacionais estão no positivo nesta segunda-feira (08) de agenda esvaziada, com investidores à espera de mais sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) diante do desempenho do CPI de julho e após o relatório de emprego, o Payroll, melhor do que o esperado em julho reacender apostas de uma ação mais agressiva pela autoridade monetária norte-americana.

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A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse, neste domingo (07), que “ainda é apropriado aumentar as taxas em setembro em meio por cento (50 pontos-base)”. Já Michelle W. Bowman, que faz parte do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed, disse no sábado que altas de juros no patamar de 75 pontos-base continuam sendo cogitadas até que a inflação do país caia de forma consistente, significativa e duradoura”.

As exportações mais fortes na China também ajudam no apetite a risco. Os embarques para fora do país asiático aumentaram 18% em relação a igual período do ano passado, acima da expansão de 17,9% de junho.

No Brasil, após o tom mais suave do Copom indicando que o ciclo de aperto ou acabou ou está próximo disso, o mercado irá olhar com atenção a ata do colegiado para buscar entender as chances de mais um ajuste em setembro, de menor magnitude, conforme o comitê indicou. Os analistas também esperam maior aprofundamento do Copom em seus cenários e nos riscos para a inflação em 2023 e 2024, segundo o Projeções Broadcast.

Mas a inflação medida pelo IPCA poderá ser até mais relevante para o mercado balizar suas apostas para a política monetária e pode reforçar a percepção de fim de ciclo diante da expectativa de deflação de 0,66% em julho, a maior do Plano Real.

O aumento acima do esperado das exportações da China e sinal positivo das bolsas no exterior podem ajudar o Ibovespa, enquanto o dólar mais fraco ante outras moedas ligadas a commodities tende a favorecer o real.

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Na Política, pesquisa do Instituto FSB para presidente da República encomendada pelo banco BTG Pactual aponta Lula (PT) com 41% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 34%. Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 51% a 39%. A campanha de Lula tem se aproximado de categorias do serviço público, insatisfeitas com Bolsonaro, o que inclui policiais, que não conseguirem reajuste salarial.

Bolsonaro está buscando diálogo com empresários após impacto de manifesto pela democracia. Empresários, por sua vez, buscam informações sobre se há risco de um golpe de Bolsonaro com o apoio das Forças Armadas.

Hoje, por volta das 7h20, o Barril do petróleo WTI para setembro caía 0,97% na Nymex, a US$ 88,15, enquanto o do Brent para outubro subia 0,96% na ICE, a US$ 94,01. No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones subia 0,26%, o S&P 500 avançava 0,30% e o Nasdaq tinha ganho de 0,42%.

Índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas importantes, caía 0,15%, a 106,46 pontos, enquanto o dólar estava estável a 134,97 ienes, o euro avançava a US$ 1,0188 (de US$ 1,0184) e a libra se fortalecia US$ 1,2085 (de US$ 1,2074). Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,41%, a de Frankfurt avançava 0,58% e a de Paris se valorizava 0,79%.

Agenda da semana

A programação local traz hoje como destaques o balanço do Itaú Unibanco, após o fechamento. Amanhã tem ata do Copom, IPCA de julho e balanços como da Copel e BTG Pactual. Quarta-feira é dia de vendas no varejo de junho, além de balanços da Braskem, Banco do Brasil, SulAmerica e BRF.

Na quinta-feira fica no foco a pesquisa mensal de serviços de junho e em destaque balanços da BRMalls, JBS, Marfrig, Cyrela, CCR, Bradespar e Americanas. A sexta-feira não tem indicadores e as atenções ficam nos balanços da Cemig, Cosan e Eletrobras.

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O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho nos Estados Unidos, a ser divulgado na quarta-feira, está entre os destaques da semana. Hoje não há indicadores previstos.

Amanhã sai o CPI da China. Na quinta-feira tem relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE). Já na sexta-feira, o destaque fica para a leitura preliminar de agosto do sentimento do consumidor norte-americano, medido pela Universidade de Michigan. Participações de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

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