

As ações da Americanas (AMER3) amargavam uma desvalorização de 24,31% até as 12h40 desta quinta-feira (27), na maior baixa de toda a Bolsa. Essa queda significa uma perda de R$ 440,5 milhões em valor de mercado somente até o início da tarde. Agora, a varejista está avaliada em R$ 1,3 bilhão, segundo dados levantados por Einar Rivero, da Elos Ayta. No pior momento do dia, a AMER3 chegou a ceder mais de 25%.
A reação negativa dos papéis acontece após a varejista divulgar o balanço do 4º trimestre de 2024 com um prejuízo líquido de R$ 586 milhões, revertendo o lucro de R$ 2,5 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior. De acordo com a varejista, apesar do resultado negativo no último trimestre do ano passado, houve “melhora significativa” em relação ao 4º tri de 2023. A empresa explica que o lucro de R$ 2,5 bilhões registrado naquela época foi impulsionado pelo efeito positivo de impostos diferidos – sem isso, a Americanas deveria ter tido um prejuízo de R$ 2,2 bilhões. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 180 milhões. No mesmo período do ano anterior, essa linha do resultado tinha vindo negativa em R$ 1,1 bilhão.
“O EBITDA ajustado evoluiu significativamente, demonstrando uma Companhia mais saudável operacionalmente”, apontou a Americanas, no balanço. No acumulado de 2024, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 8,3 bilhões, contra um prejuízo de R$ 2,2 bilhões ao longo de 2023. “O ano de 2024 foi marcado pela retomada do crescimento e melhora da rentabilidade do varejo físico e pelo redimensionamento dos esforços do digital”, afirma a companhia. O endividamento também caiu 95,5% em 2024 em comparação a 2023, totalizando R$ 1,8 bi.
AMER3 em queda livre
Mesmo com sinais de melhora operacional, as ações da Americanas “acordaram” em queda livre e agora registram a maior baixa do mercado. De acordo com Leonardo Coelho, CEO da Americanas, a recuperação da empresa vai além da contabilidade e envolve redesenho de valores. Já Camille Loyo Faria, CFO da varejista, aponta que a expectativa é de que a empresa saia da recuperação judicial em fevereiro de 2026.
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*Com informações do Broadcast