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Mercado

A ação que subiu 417% em 2023 e você não pode comprar

A história da companhia presente nos lares brasileiros que já passou por recuperação judicial e ainda pode levar uma bolada da Apple

Por Rebecca Crepaldi

16/08/2023 | 2:59 Atualização: 16/08/2023 | 11:12

O fundador da IGB, Eugênio Emílio Staub. Imagem: Juan Guerra/Estadão
O fundador da IGB, Eugênio Emílio Staub. Imagem: Juan Guerra/Estadão

Ela foi a responsável pelo primeiro computador, videogame e celular de muitos brasileiros. Quem viveu na década de 1990 já ouviu a frase: “Meu primeiro Gradiente”. A empresa com décadas de existência, agora chamada IGB Eletrônica (IGBR3), viu as ações dispararem a partir de 2021 e acumular valorização de 417%, ao preço de R$ 175,99 – e o papel até chegou a valer mais: segundo um levantamento do TradeMap, em 4 de julho de 2011, era negociado a R$ 184.

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Mário Goulart, analista CNPI, cita alguns pontos que podem explicar a recente disparada na ação. O primeiro motivo se refere a um grupamento realizado no final de 2021, quando 1 mil ações se tornaram uma e, na sequência, uma ação se desdobrou em 100. De 12 milhões de papéis, aproximadamente, a IGB passou a ter cerca de 1,2 milhão. Por conta disso, o preço da ação multiplicou por dez.

Já o segundo motivo diz respeito ao processo contra a Apple (AAPL34) pelo uso da marca iPhone no Brasil. No ano 2000, a Gradiente pediu o registro da marca “Gradiente Iphone” (com I maiúsculo), enquanto a empresa americana só foi lançar o celular em 2007.

  • Entenda como a disputa entre Apple e Gradiente foi parar no STF

Contudo, o registro foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a IGB somente em 2008. Em 2013, a Apple entrou com um pedido para que o registro fosse cancelado e afirmou que já usava o prefixo “i” (minúsculo) em seus produtos anteriormente.

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A batalha se arrasta desde 2013 e, em 2023, chegou no Supremo Tribunal Federal (STF), quando começou a ser votada em junho deste ano, mas houve o pedido de vista. Na visão de Goulart, caso a empresa brasileira ganhe o processo, ela terá direito a royalties pela marca. “Mesmo que o âmbito seja só Brasil, é uma bolada de dinheiro”, comenta.

Sendo assim, as ações podem ter disparado em 2023 porque investidores estavam de olho no processo e ingressaram no papel torcendo pela vitória na ação judicial. Goulart diz que alguns acionistas permaneceram com os papéis até hoje porque podem estar apostando que ganharão uma parte do dinheiro do processo por meio de dividendos e royalties.

Ao E-Investidor, o fundador da IGB, Eugênio Emílio Staub, preferiu não comentar sobre o assunto por “não achar correto falar de casos que estão sendo discutidos no Judiciário”.

Uma história de quase 100 anos

A história da Gradiente começa em 1927, quando o pai de Staub, aos 24 anos, saiu da Suíça para trabalhar no Rio de Janeiro. Em 1930, ao invés de voltar para seu país natal, ele ficou no Brasil e fundou uma empresa importadora. “Como eu não aguentava ficar só em casa, em 1956, aos 14 anos, fui trabalhar com ele nas férias de verão”, relembra Staub.

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No começo, a empresa focava em peças de automóveis e se destacou no ramo de importação de bicicletas. Ela também foi a responsável por produzir a lâmpada fluorescente para o Brasil. Em um dado momento, Staub e seu pai perceberam que uma nova onda ganhava força no exterior: o som de alta fidelidade.

Ao apostar no fenômeno, nos anos 60, eles tiveram uma montadora de toca discos e, depois, uma pequena fábrica de amplificadores. “Eu tive a oportunidade de assistir a industrialização do Brasil. Foi um sucesso. Em três anos, nós éramos o maior exportador de componentes eletrônicos do País”, relembra.

A companhia dominava o mercado no Brasil e ingressou no México. Conforme a empresa se expandia, o caixa aumentava e a direção começou a olhar para outros negócios. Foi quando a Gradiente, uma startup fundada por quatro jovens universitários, foi comprada em 1971.

Aquisições e expansão

Com a aquisição por meio da divisão acionista, em que os fundadores da Gradiente ficaram com 20% de participação, a IGB (IGBR3) surgiu. Para isso, eles abriram o capital em 1974, em uma época em que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nem existia.

A partir deste momento, o que era uma empresa de amplificadores e, depois, caixa acústica, passou a diversificar o portfólio. Em 1979, comprou uma concorrente, a Polyvox, e uma companhia britânica de vitrolas, a Garrard. “A história da Gradiente é uma história de comprar empresas”, salienta o fundador.

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Ao mesmo tempo surgia a Gradiente mexicana e, como conta Staub, o presidente do país chegou a lhe dizer: “Eu tenho Gradiente na minha casa”. Todo o movimento ocorreu para surfar na onda da indústria do áudio, que direcionava todos os holofotes globais para si e fazia surgir grandes nomes do mercado, como a Sony.

A sede de crescer fez Staub não parar no áudio e colocar a IGB no mercado de videogames, primeiro com o Atari e depois com o Nintendo. “Foram sete anos de conversa com os japoneses e a primeira fábrica da Nintendo fora do Japão foi no Brasil. Um grande sucesso”, conta.

Já em 1980, a empresa adquiriu a Telefunken para entrar no ramo da televisão. Ao mesmo tempo que trazia outras tecnologias para o Brasil como: CD e vídeo cassete. Na década de 1990, a companhia fez uma parceria com a Nokia, empresa da Finlândia, e começou a fabricar celulares. Simultaneamente, vieram os computadores.

“Semanalmente, pessoas me contam que fizeram uma poupança quando eram estudantes para ter primeiro computador e, hoje, são programadores. Ainda há milhões de equipamentos Gradiente em circulação no País. Eu me emociono muito”, relembra.

Dos anos de ouro para a (quase) derrota

Após uma trajetória de sucesso, o mercado de som passou por uma brutal transformação. “Primeiro teve o disco vinil, depois o CD. Mas, hoje, o som está dentro do telefone. Não existe mais equipamento de som. A única coisa que não teve evolução tecnológica nesses anos foi o alto falante”, diz Staub.

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De acordo com ele, o erro ocorreu ao não perceber tais mudanças e decidir manter a trajetória de crescimento da empresa apostando no som e na televisão. Em 2007, a IGB Eletrônica comprou a marca Philco e foi quando a empresa começou a desandar. Isso porque surgiram desafios com o preço dos tubos de televisão.

“Pouca gente sabe, mas os fabricantes de tubos fizeram o maior cartel do mundo. Então nós começamos a perder muito dinheiro, sem perceber que o preço de venda do televisor estava sendo comprimido e o preço do tubo, inflacionado”, destaca. O cartel foi composto por nomes conhecidos do mercado como LG, Samsung e Philips.

Em 2017, a IGB abriu um processo na Holanda contra o cartel e ganhou a ação. Para isso, contratou uma empresa na Inglaterra ligada à Universidade de Oxford, que demonstrou que a IGB sofreu prejuízos na casa dos R$ 900 milhões por conta do cartel. Um acordo foi feito entre a IGB e as fabricantes de tubo, quando a companhia brasileira recebeu uma indenização de R$ 152,8 milhões mais juros, o que engordou o caixa em R$ 187 milhões.

“Aposta errada em televisão e a não percepção que o concorrente é o fornecedor e que o fornecedor estava no cartel foram os erros que cometemos. O cartel funcionou de 1992 a 2006 [...] O fato é que isso destruiu a Gradiente”, comenta.

Recuperação

Em 2007, a companhia eletrônica entrou em uma recuperação extrajudicial na tentativa de fugir de uma recuperação judicial (RJ). Contudo, em 2018, entrou com o pedido de RJ, que só finalizou em 2023. “Esse movimento agora, de fechar capital, foi o último da recuperação judicial da Gradiente”, comenta Staub.

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De acordo com o empresário, a recuperação foi bem sucedida e não há mais nenhum credor. O “Relatório da Administração” da companhia mostra que ela conseguiu reverter o prejuízo de R$ 54 milhões em 2021 para um lucro de R$ 573 milhões.

Atualmente, Staub conta que a empresa está investindo em dois novos segmentos: energia solar e drones para o agronegócio. “É um mercado muito promissor. Temos que deixar uma semente de inovação para as novas gerações”, finaliza o fundador.

Por que o investidor já não pode mais comprar a ação?

Apesar da valorização exorbitante de mais de 400% em 2023, não é mais possível comprar a ação da companhia. Isso porque a IGB realizou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) e saiu da Bolsa no dia 9 de junho deste ano. Todos os acionistas que venderam seus papéis para a HGA Holding, controladora da empresa, embolsaram R$ 121,95 por ação. Quem comprou IGBR3 em fevereiro de 2017, quando valia R$ 6,20, lucrou 1.867%.

Quando a OPA começou a IGB possuía 558 acionistas pessoas físicas e jurídicas, que juntas detinham 612.796 ações ordinárias. Deste total a HAG adquiriu, até esta segunda-feira (14), 405.732 ações (32,45% dos papéis), por R$ 49,5 milhões. Assim, a controladora passou a possuir 83,44% das ações da companhia.

Ainda há em circulação 207.064 papéis dos quais 4.006 estão em processo de compra pela HAG. No final, restam 203.058 ações que estão na mão de acionistas que optaram em não vender sua participação até o momento, o que significa 16,24% do capital da IGB.

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O prazo para vender os papéis para a controladora venceu em 4 de agosto, mas o fundador da IGB afirmou à reportagem: “Quem quiser ainda vender [a ação], nós vamos comprar”. Segundo o empresário, alguns investidores decidiram permanecer como acionistas, mas outras sequer sabem que possuem um pedaço da companhia.

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