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- Após caírem 77% na quinta-feira (13), as ações da Americanas (AMER3) decolaram nesta sexta-feira 13. Na máxima do dia, os ativos acumularam uma valorização de 58,8%, aos R$ 4,32
- Em função da grande oscilação, os papéis entraram em leilão várias vezes durante a sessão, em uma tentativa de racionalizar os preços. No final, terminaram o pregão com uma alta de 18,38%, aos R$ 3,22
- Apesar da recuperação, os analistas consultados pelo E-Investidor afirmam que ainda não há nenhum fato novo que impulsione o papel
Após caírem 77% na quinta-feira (13), as ações da Americanas (AMER3) decolaram nesta sexta-feira 13. Na máxima do dia, os ativos acumularam uma valorização de 58,8%, aos R$ 4,32.
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Em função da grande oscilação, os papéis entraram em leilão várias vezes durante a sessão, em uma tentativa de racionalizar os preços. No final, terminaram o pregão com uma alta de 18,38%, aos R$ 3,22. Os dados são da plataforma TradeMap.
Apesar da recuperação, os analistas consultados pelo E-Investidor afirmam que ainda não há nenhum fato novo que impulsione o papel.
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Mario Goulart, analista de investimentos e criador do canal no Youtube “O Analisto”, afirma que é bastante comum acontecer especulações com ativos que passaram por grandes desgastes. Na noite da última quarta (11), a empresa divulgou ao mercado a descoberta de “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões na conta de fornecedores.
“Muita gente pensa em comprar o papel ‘barato’ para conseguir lucrar caso o cenário mude. É uma característica de papéis de empresas que enfrentam momentos complicados, acontecerem flutuações muito grandes”, diz Goulart. “Começa-se a operar notícia. Não tem lógica, não tem base. Vira uma espécie de cassino.”
Esse tipo de volatilidade também ocorreu com os papéis da antiga OGX, de Eike Batista, após descobertas as fraudes, no IRB (IRBR3) e até nos ativos da Oi (OIBR3), que passou um longo período em recuperação judicial.
Essa também é a visão de José Simão, sócio da Legend Investimentos. “O fato de as ações terem subido não significa que é algo que deva continuar”, diz. “Ontem (12 de janeiro) tivemos aquele movimento de manada e até o papel voltar ao equilíbrio deve demorar alguns dias.”
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Simão afirma ainda que há muitas “peças” faltando para o mercado conseguir entender o que realmente ocorreu dentro das Americanas. O especialista afirma que é difícil aceitar que uma empresa de auditoria, do porte da PwC não detectasse as inconsistências contábeis.
Para os analistas, as perspectivas para a ação continuam nebulosas. “Depois de tudo isso, os fundamentos da empresa foram por água abaixo”, ressalta Simão.