

As ações das empresas americanas já perderam em valor de mercado um volume equivalente a 11 Bolsas brasileiras desde o início do governo de Donald Trump. É o que mostra um levantamento realizado pela Elos Ayta Consultoria. Os dados indicam que, nos últimos seis pregões, quando o mercado repercutia os efeitos das tarifas recíprocas na economia, as companhias listadas nos EUA perderam US$ 4,22 trilhões em valor de mercado. O volume equivale a R$ 24,8 trilhões na cotação desta quinta-feira (10), quando o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,8988.
Esse prejuízo é seis vezes superior ao valor de mercado da Bolsa brasileira, que encerrou o último pregão com R$ 4 trilhões. Se olharmos para os mercados desde o dia 20 de janeiro, quando o republicano tomou posse, a diferença fica ainda maior. Nesse período, as perdas chegam a US$ 7,94 trilhões (ou R$ 46,8 trilhões). É como se o mercado acionário dos EUA perdesse 11 Bolsas brasileiras em menos três meses.
“O recuo (das ações americanas) reflete uma piora no humor dos investidores globais em relação aos ativos de risco. O movimento ocorre em meio a dados mistos da economia americana, revisões nas expectativas sobre juros e um cenário geopolítico mais incerto, fatores que adicionam volatilidade aos mercados”, diz Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria e responsável pelo levantamento.
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Na quarta-feira (9), Trump suspendeu por 90 dias a aplicação das tarifas recíprocas e reduziu as alíquotas de importação para 10%. A medida é válida para todos os países, exceto para a China que foi penalizada com novas taxas adicionais. Ontem, autoridades do governo americano informaram que aplicarão uma tarifa mínima de 145% sobre todos itens chineses. Em retaliação à decisão, o gigante asiático elevou nesta sexta-feira (11) as tarifas sobre os produtos americanos de 84% para 125%. Os novos valores entram em vigor a partir deste sábado (12).