Vice-presidente da Ford América do Sul, Rogelio Goldfarb em evento (FOTO:Divulgação)
Após anunciar o fechamento das suas três fábricas no Brasil e o encerramento das atividades no País, as ações da Ford encerraram o pregão de segunda-feira (11) com alta de 3,3%, cotadas a US$ 9,30 na bolsa de valores de Nova York. Nessa toada, o BDR (Brazilian Depositary Receipt) da companhia (FDMO34) abriu a terça-feira (12) cotado a R$ 51,12, salto de 5,45% em um dia.
De acordo com a companhia, serão fechadas imediatamente as fábricas de Camaçari, na Bahia, a de Taubaté, em São Paulo, e a de Horizonte, no Ceará. Com o movimento, a operação brasileira da Ford ficará restrita à importação de modelos. Só serão mantidos o Centro de Desenvolvimento de Produtos, o campo de provas e a sede regional, em São Paulo.
Segundo a própria companhia, com o encerramento das operações, serão demitidos 5 mil funcionários, mas a Ford promete dialogar com os sindicatos para encontrar a melhor alternativa para ambas as partes.
Em 2020, de acordo com dados Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a venda de veículos da Ford no Brasil caiu 39,2% em comparação com o ano de 2019. No ano passado, foram vendidos 119 mil unidades.
Em comunicado enviado à imprensa, a Ford informou que a decisão faz parte do plano de reestruturação da companhia. “Sabemos que essas ações são muito difíceis, mas necessárias para a construção de um modelo de negócio sustentável e saudável”, diz Jim Farley, CEO da montadora.
Na avaliação dos bancos Credit Suisse e Goldman Sachs, o encerramento das atividades deve impactar as locadoras de veículos no Brasil, principalmente a Localiza (RENT3), já que a oferta mais baixa no mercado de carros novos pode reduzir os descontos da empresa na compra de carros novos.