As ações do BTG Pactual (BPAC11) iniciaram a manhã desta terça-feira (12) em forte alta, com uma valorização que chegava a 12% até as 14h47. O salto levou a BPAC11 à cotação de R$ 44,49. Somente nesta manhã o banco ganhou R$ 19,3 bilhões em valor de mercado, o equivalente à Marfrig, e agora está avaliado em R$ 218,3 bilhões. Os dados foram levantados por Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta. O papel acabou fechando com alta ainda maior: 13%,12, cotado a R$ 45,27, máxima histórica do papel.
O bom-humor dos investidores com o BTG na sessão de hoje acontece na esteira dos resultados do 2º trimestre de 2025, divulgados na noite anterior. No período, o banco apresentou um lucro líquido ajustado recorde, de R$ 4,2 bilhões, que representa um crescimento de 42% em relação ao mesmo intervalo em 2024. As receitas totais também subiram 38% na comparação com o 2º trimestre do ano passado, para R$ 8,3 bilhões. A rentabilidade (ROAE), por sua vez, atingiu a marca de 27,1%, ante 23,2% no 1º trimestre de 2025 e 22,5% no mesmo período de 2024.
“Encerramos mais um trimestre com resultados expressivos, marcados por desempenhos recordes em praticamente todas as linhas de negócios e um ROAE excepcional de 27,1%. Esses números refletem nossa capacidade de geração de valor de forma consistente e a solidez do nosso modelo de negócios diversificado. Seguimos investindo na expansão e sofisticação de nossas plataformas, com foco contínuo em eficiência, disciplina de capital e na oferta completa de produtos e serviços aos nossos clientes.”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, em comunicado à imprensa.
Apesar de não ter cobertura sobre o papel, a Genial afirmou em relatório que o “BTG roubou a cena”. Já o Citi afirmou que os números destacam não apenas a capacidade do BTG de ler as condições de mercado e navegar por elas, mas a abordagem oportunista do banco em consolidar participação de mercado. No 2º trimestre, a instituição financeira anunciou a aquisição da JGP Wealth Management. A operação foi concluída em julho e, segundo o BTG, deve adicionar no 3T25 cerca de R$ 18 bilhões de ativos sob gestão e administração à carteira de family office, que já supera R$ 100 bilhões em patrimônio sob gestão.
“Tudo isso mantendo a alavancagem operacional, o que permite que as receitas superem as despesas e, assim, melhorem a lucratividade”, afirmam os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi. O Citi possui recomendação de compra para as ações BTG Pactual, com preço-alvo de R$ 47, patamar que indica um potencial de valorização de 17,4%.