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Ações de frigoríficos podem se beneficiar de imposto zero na Coreia?

A partir de junho, país asiático vai liberar uma cota de 50 mil toneladas sem a tarifa de importação

Ações de frigoríficos podem se beneficiar de imposto zero na Coreia?
Minerva (BEEF3) recebe recomendação do BTG Pactual; veja preço-alvo. Foto: REUTERS / Paulo Whitaker
  • Além de beneficiar as exportações brasileiras, na visão de analistas, o movimento também pode ser positivo para as empresas do setor frigorífico em um primeiro momento
  • Mas o anúncio não é o único muito para o desempenho das ações do setor no pregão desta quinta-feira

A Coreia do Sul anunciou nesta semana uma suspensão nas tarifas de importação da carne suína. O país asiático, um dos maiores exportadores de carne brasileira, pretende liberar a partir deste mês uma cota de 50 mil toneladas sem a tarifa de importação, afirma um comunicado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Além de beneficiar as exportações brasileiras, na visão de analistas, o movimento também pode ser positivo para as empresas do setor frigorífico. “Em um primeiro momento, gera um impacto pelo aspecto da notícia em si, que é positiva. Mas em termos de grana é bem pouco para as empresas”, diz Pedro Menin, sócio-fundador da Quantzed, empresa de tecnologias e educação financeira para investidores.

Por causa disso, o anúncio não deve gerar grandes altas nos ativos dos principais frigoríficos brasileiros. Às 14h30, Marfrig (MRFG3) liderava os ganhos no setor, com alta de 4,02%, enquanto Minerva (BEEF3) e BRF (BRFS3) marcavam 1,34% e 1,30%, respectivamente. Já a JBS (JBSS3) registrava uma queda de 0,67%.

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Matheus Jaconeli, Analista de Investimentos da Nova Futura Investimentos, explica que trata-se de um movimento técnico, não necessariamente atrelado à notícia vinda da Coreia do Sul.

De acordo com Jaconeli, como JBS e BRF subiram bastante os investidores estão desfazendo suas posições e migrando para Marfrig, companhia que está mais descontada por conta das quedas registradas ao longo dos últimos meses. “O mercado pode estar se posicionando na companhia, pelo menos no curto prazo, pois está mais atrativa do ponto de vista de múltiplo, enquanto dados de estrutura financeira e fundamentos continuam bons”, afirma.

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