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As 21 ações do IBOV que podem dobrar de valor em 12 meses

A projeção faz parte de um levantamento produzido pela Monett, plataforma de investimentos

As 21 ações do IBOV que podem dobrar de valor em 12 meses
Levantamento da Monett afirma que ações de Méliuz e Magazine Luiza têm potencial de alta. Foto: Envato Elements
  • Apesar de o cenário não ser favorável para os investimentos em renda variável, 21 ações que compõem o principal índice da B3 devem ter uma alta de pelo menos 100% nos próximos 12 meses
  • As projeções são baseadas a partir dos dados disponíveis no terminal da Bloomberg enviados pelos analistas que cobrem as empresas
  • Dentre esses 21 papéis, apenas as ações da 3R Petroleum (RRRP3) apresentaram um retorno positivo no acumulado deste ano, com uma alta de 8,8%. Os outros 20 acumulam perdas que superam os 60%

O Ibovespa encerrou o mês de junho em queda de 11,5%. Foi a pior performance no acumulado mensal desde março de 2020, quando teve início a pandemia da covid-19. Apesar de o cenário não ser favorável para os investimentos em renda variável, 21 ações que compõem o principal índice da B3 devem ter uma alta de pelo menos 100% nos próximos 12 meses.

A projeção faz parte de um levantamento produzido pela Monett, plataforma de investimentos,  enviado com exclusividade ao E-Investidor.

Dentre esses 21 papéis, apenas os da 3R Petroleum (RRRP3) apresentaram um retorno positivo no acumulado deste ano, com uma alta de 8,8%. As outras 20 ações acumulam perdas que superam os 60%.

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Méliuz (CASH3) e Magazine Luiza (MGLU3) apresentaram os maiores tombos na Bolsa no acumulado de 2022. Porém, analistas creem que são as companhias com maior perspectiva de alta nos próximos 12 meses. Segundo o levantamento, o “upside consensual” (projeção de alta) das companhias é de 343% e 273%, respectivamente.


Os percentuais de “upside” das ações são baseados nas recomendações feitas pelos analistas de mercado enviados para o terminal da Bloomberg, companhia de tecnologia e dados para o mercado financeiro. A partir dessas informações, foi possível calcular a perspectiva de crescimento para os ativos.

“O terminal da Bloomberg reúne todos os "upsides" de todos os analistas que fazem a cobertura de cada um desses ativos e dão ali suas estimativas para onde os preços dos papéis devem evoluir nos próximos 12 meses”, explica Felipe Paletta, sócio e analista da Monett.

As projeções de alta para as empresas têm justificativas particulares de cada analista. No entanto, as grandes estimativas geralmente estão atreladas a fortes quedas dos ativos porque a ação se deslocou ainda mais do preço-alvo estabelecido pelo mercado. Isso acontece porque as revisões para o papel não são feitas na mesma velocidade das variações de negociação na bolsa.

Mesmo em casos de quedas na cotação do ativo, Mário Goulart, analista da O2 Research, explica que os analistas costumam manter seus preços-alvos porque as suas avaliações são baseadas, principalmente, em dados disponíveis nos balanços divulgados pelas companhias. Por esse motivo, as projeções não costumam mudar da mesma intensidade que a cotação dos papéis.

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“O analista avalia os resultados das empresas e realiza as suas projeções. Por isso, quando saem os balanços, os analistas costumam revisar as suas estimativas. Mas não é sempre. Às vezes, o analista muda porque fez um estudo ou viu um fato novo”, detalha Goulart.

Oportunidade de compra?

As projeções de alta na cotação das ações podem significar boas oportunidades de investimento, mas a decisão de investir não pode ser baseada apenas nesse indicador.

O investidor precisa avaliar também outros indicadores qualitativos da companhia, compará-la com os seus pares e entender como o cenário macroeconômico pode impactar no desempenho do papel.

“Se o investidor conseguir fazer pelo menos a filtragem no momento em que a empresa se encontrar, compará-la com outras empresas do setor e usar o “upside” somente como um ponto adicional na sua análise, vai conseguir fazer uma boa seleção para montar o seu portfólio”, orienta Paletta.

João Vítor Freitas, analista da Toro, acredita que a 3R Petroleum pode ser uma boa opção de investimento. Além de ter sido a única da amostra com um retorno positivo no acumulado do ano, Freitas aponta que a companhia se beneficia com o desequilíbrio entre a oferta e a demanda do petróleo no mercado internacional.

“Em momentos turbulentos de mercado, as commodities costumam performar melhor. Então, a gente tem esse recomendação de compra para as ações da 3R Petroleum com um preço-alvo de R$ 73”, recomenda.

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A Empiricus também tem a mesma recomendação para a companhia. De acordo com Fernando Ferrer, analista da Empiricus, a 3R possui um grande quantidade de reservas de petróleo e tem se beneficiado depois de comprar campos produtores de petróleo que eram da Petrobras.

“Depois de diversos investimentos em seus campos, a empresa reduziu bastante o custo de extração (lifting cost), o que é de suma importância para o negócio. Embora tenha riscos de execução e operação dos campos, acreditamos que esteja negociando a múltiplos bastante atrativos”, destaca Ferrer.

As recomendações de compra da Empiricus também se estendem para as ações da Petz (PETZ3), Hapvida (HAPV3) e Banco Pan (BPAN3).

Já a Planner Corretora enxerga a Marfrig como uma boa opção de investimento. Apesar de registrar uma queda de 41% no acumulado deste ano, a empresa possui bons fundamentos para a indústria de carne bovina dos Estados Unidos. A gestão da companhia também é outro fator que reforça a recomendação de compra para o papel.

“Ressalte-se ainda sua disciplina financeira e a estratégia de alocação de capital, com redução do endividamento bruto e do custo financeiro. Ao final de março de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 21,2 bilhões; era de R$ 21,9 bilhões em dezembro de 2021”, ressalta Mario Mariante, analista-chefe da Planner Corretora. O preço-alvo estabelecido pela corretora é de R$ 20.

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Sobre os papéis da Méliuz, nenhuma corretora consultada pelo E-Investidor possui recomendação de compra para a companhia. Já a Guide Investimentos foi a única corretora que recomendou adquirir ações de Magazine Luiza.

Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, destaca que a companhia, assim como as Americanas, tem apresentado recuperação nos últimos meses. "Do ponto de visa operacional, a gente viu uma recuperação no primeiro trimestre da Magazine Luiza e da Americanas com maiores margens e ligeira recuperação no market share mesmo com o aumento da concorrência com vinda de players estrangeiros (Shopee, Shein e AliExpres)", explica Crespi, que estende a recomendação de compra para as ações da Americanas.

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