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- O Ibovespa está enfrentando uma maré negativa neste mês que, até agora, teve apenas dois pregões positivos
- Até o fechamento desta terça-feira (22), apenas 17 das 91 ações presentes na carteira teórica do Ibovespa acumulavam um desempenho positivo no mês
- Com ganhos maiores que 2%, são apenas 9 empresas, com destaque para as ações da Minerva (BEEF3), Eztec (EZTC3) e Vibra (VBBR3), que estão conseguindo driblar o mau humor do mercado e arrancar altas de dois dígitos
O Ibovespa está enfrentando uma maré negativa neste mês, com somente dois pregões positivos até agora. Como explicamos nesta reportagem, é o pior agosto na Bolsa brasileira desde 2015, época em que déficits primários divulgados pelo então governo de Dilma Rousseff azedaram o humor dos investidores. Em 2023, o resultado reflete uma piora do humor global, com fuga de capital estrangeiro e dias e dias de muita volatilidade.
Até o fechamento desta terça-feira (22), apenas 17 das 91 ações presentes na carteira teórica do Ibovespa acumulavam um desempenho positivo no mês. Sem os ganhos do dia, o grupo de papéis no azul poderia ser ainda menor, já que há nomes cujo retorno em agosto está abaixo de 1%.
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Apenas 9 empresas têm ganhos superiores a 2% no período. O destaque especial são as ações da Minerva (BEEF3), Eztec (EZTC3) e Vibra (VBBR3), que estão conseguindo driblar o mau humor do mercado e arrancar altas de dois dígitos, mesmo com a queda de 4,75% do Ibovespa no período.
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Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que, ainda que agosto esteja sendo um período negativo no geral, foi um mês de divulgação de resultados trimestrais que trouxeram alguns destaques. Por isso as ações que mais sobem podem parecer descorrelacionadas entre si.
A Eztec, campeã nesse mês de quedas, já vem em um movimento de valorização a alguns meses. Como contamos nesta reportagem, o setor de construção civil foi o grande destaque do rali que tomou a Bolsa entre abril e julho.
“Boa parte das construtoras estão reportando bons números, conseguindo fazer vendas boas, com uma perspectiva de queda de juros que vai facilitar os financiamentos imobiliários”, diz Cruz. Veja as “top picks” do setor de construção de 4 corretoras.
Já para a Minerva, a segunda maior alta do Ibovespa em agosto, os motivos que explicam o bom desempenho são outros. O estrategista da RB explica que já há alguns anos papéis do setor de celulose como Suzano e Klabin, que eram considerados uns dos mais defensivos da Bolsa, perderam esse posto para a BEEF3.
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“É um acompanhamento que temos feito e não é de hoje. A Minerva tem ocupado esse posto de empresa defensiva para momentos de câmbio desvalorizando muito e Ibovespa indo para baixo”, explica Cruz. “Inclusive quando definimos a carteira recomendada do mês, deixamos o papel para quando começasse o corte de juros, já que poderia ocorrer uma desvalorização cambial.”