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De queridinhas a rejeitadas: 5 ações que caíram e não se recuperaram

Nubank, Natura, Cogna, Magalu e BRF estão entre as ações que despencaram

De queridinhas a rejeitadas: 5 ações que caíram e não se recuperaram
Nubank, Natura, Cogna e BRF estão entre as ações que não se recuperaram. (Fonte: Gettyimages/Reprodução)
  • Magalu, Nubank, Natura, Cogna e BRF estão entre as ações que caíram e não se recuperaram mais
  • Pandemia, inflação e taxas altas de juros podem explicar quedas. Além disso, em dois casos a desinformação pode ter contribuído para valorizar a precificação dos papéis em um cenário anterior

Ações que estavam entre as queridinhas do mercado e de repente despencaram. Você já viu esse filme, não é mesmo? Mas por que isso acontece? E-Investidor conversou com especialistas para entender o fenômeno.

De acordo com Mehanna Mehanna, professor dos cursos de pós-graduação e formação executiva da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e sócio-fundador da Phi Investimentos, é preciso analisar caso a caso, mas algo que costuma acontecer é a ancoragem do preço de ações, o que atribui valores desproporcionais à realidade de um ativo.

Mehanna diz que parte dos investidores compra determinadas ações esperando um cenário otimista ao extremo. Daí a necessidade de ter carteiras resilientes e preparadas para as adversidades.

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Confira quatro ações que despencaram e ainda não se recuperam.

1. Nubank

Um dos casos emblemáticos é o do Nubank (NUBR33). Até a oferta pública inicial (IPO) na bolsa de valores de Nova York, o banco digital encantava parte dos investidores. Seis meses depois, a história é outra: as ações já tinham caído cerca de 50%. Hoje, são cotadas na faixa de R$ 3,60.

Ruídos relacionados à remuneração da diretoria do banco e alta inadimplência dos clientes podem justificar a queda dos papéis.

Vale a pena investir?

Quem aposta no Nubank tem que estar ciente do risco. Apesar disso, no último balanço a empresa demonstrou bom desempenho, com maior número de clientes.

2. Cogna

No setor educacional está a Cogna (COGN3), considerada uma das mais valorizadas do mercado. Os papéis da empresa de educação foram cotados a R$ 20,33 em 6 de outubro de 2017 e, de lá para cá, estão em queda, sendo vendidos na faixa de R$ 2,20. A pandemia da covid-19 afetou as instituições de ensino.

Vale a pena investir?

A empresa passa por reestruturação financeira e vem conseguindo êxito.

Setor educacional foi um dos afetados pela pandemia de covid-19. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

3. BRF

Em 22 de setembro de 2017, os papéis da Brasil Foods (BRFS3) foram cotados a R$ 44,82. Quase cinco anos depois, o valor está na faixa de R$ 14,70.

Diferente da JBS e da Marfrig, a BRF é dependente do mercado doméstico, tornando-se mais sensível à questão inflacionária. O crescimento dos concorrentes e das cooperativas também agrava a situação.

A empresa passa por reestruturação financeira em termos de dívidas operacionais. “A inflação global, potencializada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, também impactou o consumo e as exportações”, complementa o professor Mehanna.

Vale a pena investir?

Entre os casos citados, é o com maior potencial de recuperação por ser uma commodity, um negócio sólido e tradicional.

4. Natura

A holding brasileira especializada em cosméticos e produtos de higiene Natura (NTCO3) é listada entre as ações que caíram. Em 23 de julho de 2021, o papel da companhia alcançou o patamar de R$ 60,29, sendo vendido atualmente na faixa de R$ 14,40.

A pandemia também mexeu nesse mercado, já que não é considerado um setor prioritário essencial. Além disso, a Natura tem como um dos pilares de venda o comércio porta a porta, dificultado pelo distanciamento social. Outro entrave é a dificuldade de integrar operações para tornar a gestão eficiente.

Vale a pena investir?

A empresa é a maior na bolsa de valores no setor em que atua e se tornou a quarta maior do mundo nesse mercado. Quando a integração das marcas do portfólio estiver bem posicionada, haverá poucas ameaças em relação a outros players.

5. Magalu

E o que dizer do Magazine Luiza (MGLU3), cujos papéis alcançaram a máxima de R$ 28,27 no fim de 2020 e hoje são cotados na faixa de R$ 2,40?

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“O Magazine Luiza tem o agravante do hype, por ser considerada uma empresa mais tech que do varejo. Empresas precificadas como tech ou growth apanham mais nas adversidades”, avalia Mehanna.

Com toda a questão da alta de juros e inflação, o comércio sofre, somado à disputa de espaço com Amazon, Mercado Livre e os asiáticos Shopee, AliExpress e Shein.

Vale a pena investir?

A empresa sofre com um cenário de juros elevados e inflação, vivendo um momento de sensibilidade. Assim como o setor de construção civil, o varejo tem sido penalizado. Isso precisa ser avaliado na hora de investir.

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