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- O ano de 2023 não foi nada fácil para as ações do varejo, com notícias sobre inconsistências contábeis, pedidos de recuperação judicial, tentativas frustradas de recuperação e, sobretudo, números trimestrais fracos
- Para 2024, a melhora do cenário macroeconômico deve ajudar o setor
- Mas especialistas destacam importância de se analisar caso a caso; algumas empresas podem continuar pressionadas, mesmo com juros e inflação menores
O ano de 2023 não foi nada fácil para as ações do varejo. Como contamos nesta reportagem, desde janeiro, investidores acompanharam notícias sobre inconsistências contábeis, pedidos de recuperação judicial, tentativas frustradas de recuperação e, sobretudo, números trimestrais fracos. A consequência disso? A lista de piores desempenhos do Ibovespa no ano é dominada por papéis do setor.
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Para 2024, no entanto, nem tudo parece perdido. A inflação, que diminui o poder de compra das famílias e impacta nas vendas das varejistas, está arrefecendo. Ao mesmo tempo, a taxa de juros do País que ficou estacionada em seu pico de 13,75% já começou a ser reduzida. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, mas a projeção é que a taxa caia para 9,25% ao final do próximo ano, segundo o Boletim Focus.
A combinação de juros e inflação menores pode dar um alívio para o varejo.
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“O ano de 2024 começa muito mais positivo do que 2023 para o varejo brasileiro”, diz José Eduardo Daronco, analista da Suno Research. “Ao que tudo indica, a Selic deve continuar em trajetória de queda, em razão da inflação estar controlada. Além disso, a inadimplência atingiu seu ápice no terceiro trimestre, de modo que os bancos irão retomar a originação de crédito, impactando positivamente o consumo.”
A perspectiva de juros menores joga a favor dos números das varejistas, dado que reduz o custo da dívida daquelas companhias mais alavancadas. Tudo isso enquanto a população também amplia seu acesso ao crédito, estimulando o consumo e impulsionando empresas do setor de varejo, bens de consumo e serviços.
Mas, assim como aconteceu em 2023, a análise micro também será importante. Para Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed, nem mesmo a melhora macro vai ser suficiente para fazer algumas ações do varejo se recuperarem.
“Aquelas varejistas que estão estranguladas, com a estrutura de capital totalmente errada, super alavancadas e com despesa financeira lá em cima, o macro não vai resolver o problema. É bom, sim, de maneira geral, mas não dá para generalizar totalmente e falar que todas vão ter um bom desempenho”, alerta.
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Nesta outra reportagem de outubro, adiantamos que, dentro do varejo, parece ter um subgrupo que é visto com mais otimismo pelos grandes bancos. São aquelas empresas ligadas à alta e média renda, como Vivara (VIVA3), Arezzo (ARZZ3) e Renner (LREN3). Veja aqui as recomendações.