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Ágora e BBI reduzem preço-alvo de Alpargatas (ALPA4)

Para os analistas, a Alpargatas apresentou resultados abaixo das expectativas em termos operacionais

Ágora e BBI reduzem preço-alvo de Alpargatas (ALPA4)
Foto: Amanda Perobelli/Estadão

A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI anunciaram redução no preço-alvo de Alpargatas (ALPA4), de R$ 31 para R$ 30, o que representa potencial de alta de 34,4% em relação ao último fechamento. A recomendação de Compra foi mantida.

“A Alpargatas apresentou resultados no 3T22 ligeiramente abaixo das expectativas em termos operacionais”, destacam os analistas João Andrade, do BBI, e Flávia Meireles, da Ágora, em relatório divulgado nesta sexta-feira (04).

Eles descrevem que, no Brasil, o volume caiu (-6% na comparação anual), ligeiramente abaixo das expectativas, com crescimento de receita de 12% impulsionado por aumentos de preços, parcialmente compensados pelo menor volume em base anual. No mercado internacional, o crescimento de volume de 15% também ficou ligeiramente abaixo das expectativas (-2p.p. vs. estimativa do BBI) principalmente devido a uma queda de 4% na China e de 62% nos Estados Unidos, informa o relatório.

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“Vemos esses resultados como fracos, apesar dos resultados um pouco abaixo do esperado no nível operacional. A unidade de negócios Brasil teve um bom desempenho, com recuperação das margens brutas, embora a queda de volume implique que a elasticidade de preços possa ter chegado ao seu limite, por enquanto. O crescimento do volume de unidades de negócios internacionais foi positivo, embora parte desse crescimento de volume possa ser devido às vendas perdidas do último trimestre em virtude de problemas na cadeia de suprimentos. Apesar da pressão inflacionária persistente sobre o balanço, esperamos que os custos das matérias-primas, especialmente aqueles associados ao petróleo (butadieno e estireno), diminuam um pouco nos próximos trimestres, mas não vemos isso como um divisor de águas para a Alpargatas”, avaliam Andrade e Meireles.

Por outro lado, os analistas dizem que a reação dos volumes das unidades de negócio internacionais – “elemento chave da tese de investimento”, destacam – foi “tranquilizadora, embora não seja ainda um impulsionador, dada a época de baixa temporada desta unidade de negócios”.

Assim, Ágora e BBI mantêm a recomendação de Compra para os papéis de Alpargatas “com base no potencial de crescimento de longo prazo das Havaianas fora do Brasil, bem como na expansão da margem tanto no Brasil quanto nos negócios internacionais”, mas reforçam que as ações “carecem de catalisadores no curto prazo”.

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