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BofA prevê melhora para Ambev (ABEV3) em 2023, mas segue em neutro no papel

Desaceleração da inflação no Brasil e na América Central é a principal razão para a melhora nas margens

BofA prevê melhora para Ambev (ABEV3) em 2023, mas segue em neutro no papel
Logo da Ambev (ABEV3) (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
  • O banco segue com recomendação neutra, com um preço- alvo de R$ 16,5 (US$ 3,2)
  • O BofA também espera que o custo para 2023 na divisão Cerveja Brasil cresça 8 % em 2023

O Bank of America (BofA) prevê melhora leve para a Ambev (ABEV3) em 2023. No entanto, o banco segue com recomendação neutra para as ações da companhia, com um preço-alvo de R$ 16,5 (US$ 3,2).  Às 12h03, as ações da Ambev estavam cotadas a R$ 13,74, com variação positiva de 4,09%. Nos últimos 5 dias, no entanto, os papéis recuaram 5,24%.

Após quatro anos consecutivos de contração de margem da empresa, o BofA acredita que 2023 será “um ponto de inflexão” para a Ambev com lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) crescendo 14%.

No relatório feito pelos analistas Isabela Simonato, Guilherme Palhares e Fernando Olvera, a principal razão para a melhora nas perspectivas da Ambev está na desaceleração da inflação, fazendo com que a demanda pelos produtos da companhia aumente, principalmente no Brasil e na América Central. Os analistas esperam que os volumes de cerveja no Brasil cresçam 7%.

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Por outro lado, a melhora não é ainda maior porque a perspectiva para Argentina e Chile, que correspondem a quase 70% do consumo de cerveja da região sul da América do Sul, é de aumento na inflação.

O BofA também espera que o custo para 2023 na divisão Cerveja Brasil cresça 8% em 2023, com uma perspectiva de alta de 4% em 2024, caso o preço dos insumos permaneça o mesmo.

Os analistas esperam que o resultado do quarto trimestre de 2022 da Ambev seja semelhante ao do mesmo período em 2021, com Ebitda ajustado de R$ 6,6 bilhões, praticamente estável em relação ao ano anterior, mas 10% abaixo do consenso.

Americanas

Outro ponto que precisa ser observado na Ambev consiste na relação da empresa com as ações da Americanas (AMER3), devido à posição de Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, os três homens mais ricos do Brasil, em ambas as empresas.

Um receio do mercado é de que os três vendam parte de sua participação na Ambev para conter a crise na Americanas.

 

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