Publicidade

Mercado

Ação do Assaí (ASAI3) deve sofrer no pregão desta segunda-feira, prevê corretora; saiba o motivo

A XP diz que o papel deve sofrer no pregão desta segunda-feira (30), visto que a notícia tende a aumentar a percepção de risco

Ação do Assaí (ASAI3) deve sofrer no pregão desta segunda-feira, prevê corretora; saiba o motivo
Veja o que fazer com as ações do Assaí após empresa receber notificação da Receita Federal (Foto: Assai Atacadista/Divulgação)

O Assaí (ASAI3) recebeu um termo de arrolamento de ativos no valor de R$ 1,265 bilhão da Receita Federal, mostra documento enviado ao mercado neste domingo (29). Segundo os analistas da XP Investimentos, o aviso se refere a contingências tributárias relacionadas às operações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) até 2020, antes da cisão do Assaí.

Nesse sentido, a empresa está sendo notificada porque a Receita Federal a vê como uma parte relacionada. Vale lembrar que a rede de supermercado do atacarejo se separou do Grupo Pão de Açúcar em 31 de dezembro de 2020. O Assaí estreou na Bolsa em 1º de março de 2021, dia em que a ação disparou 385%.

Conforme a própria companhia, o arrolamento de bens é uma medida administrativa utilizada pela Receita Federal para monitorar eventual transferência de ativos de propriedade de um potencial devedor tributário, visando resguardar valor suficiente para quitação dos créditos tributários em discussão.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

De acordo com os analistas da XP Investimentos, há alguns pontos que o investidor deve notar. Na visão deles, a gestão das operações de ambas as empresas sempre foi separada, o acordo de cisão das companhias não estabelece a responsabilidade conjunta por dívidas anteriores e o Grupo Pão de Açúcar compensará o Assaí por perdas potenciais.

Os impactos sobre a ação do Assaí

A equipe da XP comenta que, até o momento, o aviso não aciona a necessidade de provisão ou depósito por parte do Assaí. Eles afirmam também que o aviso não proíbe a venda de ativos e os covenants da dívida não são impactados. Os covenants são uma uma condição de empréstimo, a empresa tem que cumprir uma certa medida de endividamento acordada com o mercado. Porém, eles apontam que o investidor pode ver custos de dívida mais caros para novas emissões.

“A companhia reforçou que todos os passivos relacionados já foram provisionados e que permanecem responsáveis por contingências pré-cisão. Vale lembrar também que não existe um processo específico à frente, enquanto as discussões continuam no administrativo e as duas companhias devem trabalhar numa solução legal agora”, afirmam Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam o relatório da XP.

A XP diz que a ação do Assaí deve sofrer no pregão desta segunda-feira (30), visto que a notícia tende a aumentar a percepção de risco dos investidores. No entanto, o trio de analistas diz que o investidor deve aproveitar a queda para comprar os papéis. “Enquanto esperamos que a ação sofra com as notícias no pregão, não vemos nenhum efeito no caixa ou no balanço em resultado disso, enquanto Assaí parece ter argumentos sólidos para evitar potenciais efeitos e Grupo Pão de Açúcar já provisionou essas contingências”, argumentam Eiger, Senday e Sumer.

Em seu site, a XP mantém sua recomendação de compra para o Assaí (ASAI3) com preço-alvo de R$ 13, uma potencial alta de 60,1% na comparação com o fechamento de sexta-feira (27), quando a ação encerrou o pregão a R$ 8,12.