Os analistas do Santander possuem recomendação neutra para as ações da Azul (AZUL4) com preço-alvo de R$ 6 para o fim de 2025, uma alta de 33% na comparação com o fechamento de sexta-feira (24), quando a ação encerrou o pregão a R$ 4,51. Ae
Apesar da possibilidade de alta, os analistas comentam no relatório que enxergam a fusão entre Azul e Gol como algo positivo, mas que deve ter um caminho sinuoso até a aprovação e, por isso, não recomendam compra para os papéis.
Eles reforçam que o Memorando de Entendimento (Mou), assinado para começar as negociações da fusão entre Azul e Gol, visa permitir que as partes envolvidas no negócio encontrem um ponto em comum relacionado à governança da potencial entidade combinada, destacando e enfatizando também seu interesse compartilhado na fusão.
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Conforme o fato relevante da Azul, a fusão deve ser realizada por meio de um contrato de troca de ações, por meio do qual as empresas em fusão manteriam suas respectivas marcas estabelecidas sob um único nome listado.
“Acreditamos que a transação melhorará materialmente o cenário competitivo da indústria aérea brasileira, mas achamos que será um caminho longo e sinuoso até que as sinergias que ela poderia entregar sejam alcançadas”, dizem Lucas Barbosa, Felipe Ballevona e Gabriel Tinem, que assinam o relatório do Santander.
Fusão entre Azul e Gol pode demorar em algumas frentes
Os analistas comentam que a nova empresa pode sofrer em algumas frentes, como integração de frota, dado o uso de diferentes aeronaves pelas empresas em fusão (o que implicaria uma falta de sinergias quando se trata de treinamento de pilotos, mecânicos de aeronaves, centros de manutenção, entre outros).
“Além disso, continuamos a ver um ambiente macroeconômico pouco inspirador para as companhias aéreas brasileiras, com incertezas macroeconômicas ainda permeando e preços do petróleo em alta. Outro ponto é que a fusão pode beneficiar a Latam no curto prazo. Isso porque a empresa poderia se beneficiar da integração complexa da fusão da Azul por vários anos, pois isso poderia dificultar um movimento mais agressivo da nova empresa”, apontam Barbosa, Ballevona e Tinem.
Os especialistas também relatam que o principal motivo para a recomendação neutra para a ação da Azul são os riscos externos, como volatilidade dos preços do câmbio e do combustível de aviação, deterioração da atividade macroeconômica do Brasil e um possível agravamento dos conflitos globais.
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Ou seja, embora a fusão com a Gol seja positiva, os analistas do Santander relatam que o caminho será longo e moroso para a Azul (AZUL4). Por isso, no curto e médio prazo, o melhor é ficar de fora do papel e não comprá-lo agora, pois além da demora com a fusão, o cenário externo não é atrativo para aportar na empresa.