A B3 (B3SA3) lança nesta quinta (13) o Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3 (Ideb Ultra DI). O novo índice de renda fixa tem o objetivo de ser o referencial de desempenho do preço médio das debêntures que remuneram pelo DI mais o spread. Esse é o primeiro movimento da bolsa para lançar produtos financeiros, como um novo ETF (fundo de índice) para atender à crescente demanda por renda fixa.
“A gente vai focar bastante para atender as demandas por essas classes de ativos nos próximos meses”, comentou Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3. Ele diz que o ETF será um dos primeiros devido à enorme quantidade de lançamentos registradas deste tipo de produto nos últimos anos.
Foco na renda fixa
Segundo Carvalheiro, o Ideb Ultra DI será referência para outros instrumentos como notas estruturadas, Certificado de Operações Estruturadas (COEs), contratos futuros. “A criatividade do mercado é ampla para utilizar essas referências de diferentes formas”, diz.
No ano passado a bolsa lançou sete novos índices. Para 2025, a meta da B3 é bater o recorde, com foco, desta vez, no segmento de renda fixa.
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O Ideb Ultra DI é baseado em debêntures que fazem parte dos ativos aceitos como depósito em garantia pela Câmara B3. Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos, pagando juros ao investidor. De início, o índice vai acompanhar a variação de 22 títulos emitidos por oito companhias abertas dos setores de utilidades públicas, energia elétrica, petróleo e gás, saúde, consumo cíclico e telecomunicações.
Para fazer parte do índice os emissores são listados em Bolsa e não fazem parte do mesmo grupo econômico da B3, com debêntures precificadas diariamente, respeitando limites de emissão acima de R$ 3 milhões, valor médio diário de negociação de R$ 500 mil nos últimos 12 meses e vencimento dos papeis em até 10 anos.
Lista é mutável
A composição da carteira do índice da B3 terá um prazo de revisão mensal, dependendo do vencimento de cada título, uma frequência maior em relação aos índices de renda variável, cujas as ações tendem à perpetuidade.
A lista de empresas pode mudar conforme o time de risco da B3 identifique mais emissões e emissores. "A tendência é de crescimento. Se a B3 expandir para 100 nomes, incluiremos mais", diz o superintendente.
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Carvalheiro diz que o diferencial do Ideb Ultra DI é seu critério rigoroso de seleção, com o time de risco da B3 adotando filtros rígidos para assegurar liquidação e garantias. "Por isso chamamos de ultra qualidade. A gente entende que é um dos níveis mais altos de seleção do mercado."
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