

Publicidade
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
A BB Seguridade (BBSE3) reportou na segunda-feira (4) um resultado financeiro sólido, mesmo com os temores do mercado com o balanço financeiro do Banco do Brasil (BBSA3), acionista majoritária da companhia, mas que mantém pontos de alerta na companhia.
No ciclo de abril a julho, a seguradora apresentou um lucro de R$ 2,24 bilhões, o que representa um crescimento de 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação do primeiro trimestre de 2025, o resultado chega a ser 12,2% superior.
Para a Genial Investimentos, o grande responsável pelos resultados financeiros da BB Seguridade tem sido a Brasilseg, vertical responsável pelos negócios de seguro da companhia. Segundo a corretora, o segmento se beneficiou com o cenário de juros elevados, o que favoreceu a sua receita financeira, além de apresentar um recuo de 8,8% da sinistralidade (custo para acionar o plano) na comparação anual.
“A unidade também foi positivamente impactada por um efeito não recorrente de R$ 129 milhões, decorrente da reversão de provisões judiciais após mudança legislativa”, escreveram os analistas Eduardo Nishio e Nina Mirazon em relatório, divulgado nesta terça-feira (5).
A companhia aprovou ainda o pagamento de R$ 3.77.024.070,55 na forma de dividendos, equivalente a R$ 1,94209515550 por ação. Os novos proventos da BB Seguridade (BBSE3) serão pagos no dia 26 de agosto, tendo como base a posição acionária do dia 14 deste mês. Veja os detalhes nesta reportagem.
Apesar desta melhora, o mercado identificou pontos de preocupação sobre o futuro da BB Seguridade. O Citi, por exemplo, ressaltou que o lucro da companhia foi brilhante, enquanto os fundamentos vieram “enferrujados”.
“O lado operacional foi uma decepção, com prêmios emitidos em queda anual, custos de aquisição mais altos e taxas de administração mais baixas”, informou o banco.
Já a Ativa Investimentos destacou que a BrasilPrev, mesmo com o lucro de R$ 415,6 milhões, mostrou um resultado operacional abaixo do esperado. Isso porque a vertical responsável pelos planos previdenciários do grupo sofreu uma queda de 21,6% nas contribuições em relação ao mesmo período de 2024.
Esse desempenho operacional, segundo a corretora, reflete as recentes mudanças nas regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre, modelo de previdência privada), aumento dos resgates, queda na taxa de gestão e reservas atingindo R$ 449 bilhões, volume abaixo do guidance (projeções) anual.
“O resultado financeiro surpreendeu positivamente, impulsionado pela redução do custo do passivo em virtude da deflação apresentada pelo IGP-M no trimestre. Com isso, o lucro líquido do segmento somou R$ 415,6 milhões (+91,1% ano a ano), sustentado mais pelo resultado financeiro do que por uma retomada operacional”, informou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimento.
A Ativa Investimentos, Genial Investimentos e o Citi mantém recomendação neutra para o papel diante das mudanças no guidance (projelão) de 2025 que foi revisado para baixo em todas as linhas de negócio. A única diferença é a perspectiva de valorização que os analistas têm para o papel.
A Genial, por exemplo, estima um preço-alvo de R$ 47 para as ações do BB Seguridade. Na prática, essa cotação representa um potencial de valorização de 40,9% nos próximos meses, considerando a cotação do último pregão. Já a Ativa Investimentos avalia que há espaço de ganhos em torno de 25,5% ao estabelecer um preço-alvo de R$ 42,10. O Citi é o mais pessimista ao determinar um preço-alvo de R$ 34, o que representa um potencial de valorização de 1,3% em relação ao último fechamento.
Com informações do Broadcast
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador