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BIDI3: conheça o histórico de ações do Banco Inter

Saiba mais das ações BIDI3, BIDI4 e BIDI11 e se vale a compra

BIDI3: conheça o histórico de ações do Banco Inter
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
  • O Inter estreou na B3 em 2018, sendo o primeiro banco digital na Bolsa de Valores do Brasil
  • Com o tempo, as ações passaram por um período de volatilidade, especialmente nos últimos meses

Depois da Oferta Pública Inicial (IPO) do Nubank, há quem se pergunte se vale a pena investir em ações de bancos digitais. Esse, porém, não foi o primeiro da categoria a estrear na bolsa.

Na realidade, quem abriu o caminho foi o Banco Inter, que estreou no mercado de ações em 2018. Na época, a instituição bancária atingiu um feito: foi a primeira digital a “dar as caras” na bolsa.

Nos últimos cinco anos, o mercado financeiro viu uma série de fintechs alçarem voos altos, como o Inter. Mas fica a pergunta: vale a pena investir nas ações da companhia?

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Inter distribuirá mais de R$ 38 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) neste mês. (Fonte: Gadini/Pixabay)

Banco Inter: saiba mais das ações

O Banco Inter disponibiliza três tipos de ações na bolsa de valores: BIDI3, BIDI4 e BIDI11. Cada numeração tem um significado e é importante entendê-las antes de comprar uma delas.

  • BIDI3: é um tipo de ação ordinária, que dá ao investidor o direito a voto em assembleias.
  • BIDI4: no caso de ações preferenciais como essa, o acionista tem certo privilégio no recebimento de proventos e distribuição de lucros.
  • BIDI11: o certificado de depósito de ações, ou unit, que envolve tanto ações preferenciais quanto ordinárias. No Inter, o investidor encontra uma ação ordinária e duas preferenciais.

Desde seu lançamento, essas ações são vistas com potencial de crescimento, apesar do aumento da concorrência com outros bancos digitais na bolsa.

Embora digital, o Banco Inter também concorre com instituições financeiras tradicionais, vistas por especialistas como mais estáveis e com dividendos mais atrativos.

Um pouco de história

O mineiro Banco Inter deu os primeiros passos em 1994, com foco em financiamentos imobiliários. Na época, era chamado de Intermedium, gerido pela construtora MRV.

Desde então, passou a oferecer outros produtos, como crédito para empresas e consignado, conta corrente, seguros, até se tornar uma distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM).

Em 2015, o Inter lançou a primeira conta digital, migrando 100% para essa plataforma. Em 2017, passou a adotar o nome que conhecemos até hoje.

Na estreia na Bolsa de Valores brasileira (B3), o Inter entrou no pregão cotado em R$ 1,9 bilhão, consagrando-se como primeiro banco digital a passar por um IPO. Inicialmente, foram vendidas ações BIDI4 e, em 2019, BIDI11 e BIDI3. Esta, poucos dias após a estreia, apresentou o crescimento de 27%.

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Já em junho, o Softbank adquiriu R$ 2,5 bilhões em ações do Inter. Em 16 de julho do mesmo ano, a BIDI3 era vendida a R$ 27,51. Passados oito meses, foi encontrada a R$ 5,61, apresentando queda. Atualmente, o banco mineiro acumula mais de 16 milhões de clientes.

JCP do Inter

Os valores distribuídos aos acionistas ainda são poucos se comparados com outras empresas do mercado financeiro há mais tempo na bolsa.

O banco Inter informou que distribuirá mais de R$ 38 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) para os acionistas neste mês. Isso corresponde a R$ 0,044337879 por certificado de depósito de ações (BIDI11) e a R$ 0,014779293 por ação ordinária (BIDI3) e preferencial (BIDI4).

Se você é acionista do Banco Inter em uma dessas modalidades, basta ter uma conta em uma corretora autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para receber os rendimentos.

Mas, afinal, vale a pena comprar ações do Inter?

De acordo com José Pio Martins, economista, professor e autor do livro Educação Financeira ao Alcance de Todos, é importante analisar o perfil do investidor e entender o que almeja antes de comprar uma ação.

Ele analisa que a BIDI3 vive um momento de altos e baixos. “Isso reflete o movimento do rio: enche e seca. É um problema ligado ao setor financeiro e à empresa”, pontuou Martins.

De qualquer forma, há quem compre. Isso é explicado pelo perfil do investidor. “Brasileiro é curioso. É extremamente ousado em comprar coisas não convencionais”, destacou o economista.

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Martins analisa que, como as ações caíram, por mais oscilações que a empresa tenha, o valor ainda está em conta. Mas se o perfil for mais conservador e preferir um bom dividendo, o ideal é buscar outras ações.

Fontes: Banco Inter, José Pio Martins, economista, professor e autor do livro Educação Financeira ao Alcance de Todos.

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