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Ibovespa hoje: Usiminas (USIM5), Ambev (ABEV3) e Suzano (SUZB3) são os destaques positivos do dia

Os três papéis registraram as maiores altas no pregão da B3 desta quinta-feira (17)

Logo da Ambev (ABEV3) (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
  • O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (17) em alta de 0,42%, aos 100.097,83 pontos, e teve giro financeiro de R$ 21,9 bilhões
  • As três ações que mais ganharam preço no dia foram Usiminas (USIM5), Ambev (ABEV3) e Suzano (SUZB3)

O bom desempenho das ações de commodities e siderurgia colocou o Ibovespa em campo positivo a partir do meio da tarde, descolando a B3 do dia ruim no exterior, ainda refletindo a decepção pós-Fed. Assim, com o suporte proporcionado por Petrobras, Vale, Usiminas e CSN, o IBOV encerrou em alta de 0,42%, aos 100.097,83 pontos, quase recuperando a perda de 0,62% do dia anterior, que havia sucedido uma terça estável (+0,02%) e uma abertura de semana em alta (+1,94%).

Na semana, o índice avança agora 1,76% e, no mês, 0,73% – as perdas no ano estão em 13,44%. O giro financeiro totalizou R$ 21,9 bilhões.

O fiel da balança na sessão acabou sendo o que parcela dos participantes do mercado considera uma faca de dois gumes para a B3: o enorme peso de alguns setores, como commodities e bancos, na composição do índice.

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Em 2010, quando ainda se vivia o boom das commodities, a participação do Brasil no índice MSCI para mercados emergentes chegou a ser de 15%. Hoje é de apenas 5%, observa Roberto Attuch, CEO da Omininvest.

Nesta quinta-feira (17), o dia no exterior foi de copo meio vazio. Os mercados globais ainda refletem a decepção ante a falta de novidades na reunião de ontem do Federal Reserve, no momento em que se preparam para um período tendencialmente mais volátil. Isso porque se aproxima a eleição americana de 3 de novembro, sem novos estímulos fiscais a caminho na maior economia em meio à disputa por hegemonia com a China.

No Brasil, a atenção se divide entre a situação fiscal e o que será feito para assegurar a renda mínima – e o consumo – em 2021, uma vez extinto o auxílio emergencial. Hoje, em live, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, mostrou confiança na aprovação do novo pacto federativo e da reforma tributária até o fim do ano. Segundo ele, o novo programa social, que pretende ampliar o Bolsa Família, só vai ser lançado se o Congresso desengessar o orçamento, com a desvinculação e desindexação dos gastos públicos.

As três ações que mais ganharam preço no dia foram Usiminas (USIM5), Ambev (ABEV3) e Suzano (SUZB3). Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis.

Usiminas (USIM5): +5,15%

As ações PNA de Usiminas exibiram força e tiveram o melhor resultado do dia, após o Credit Suisse elevar a recomendação do papel de venda para neutra, com aumento no preço-alvo de R$ 6,50 para R$ 12,10, 5% acima do fechamento de ontem.

De acordo com os analistas, o novo preço incorpora o aumento de cerca de 10% nos preços do aço implementado em setembro e outro já anunciado para outubro, de 13%. Além disso, a demanda mais forte que o esperado também foi levada em conta, assim como os resultados do segundo trimestre.

Ambev (ABEV3): 4,78%

As ações ON de Ambev também tiveram boa valorização, a segunda maior do pregão, após a Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição (Confenar) – que reúne 110 revendas da empresa e responde por cerca de 30% da distribuição da cervejaria no Brasil – relatar crescimento de 8,2% em suas vendas no acumulado do ano até agosto.

No mês passado, as vendas das distribuidoras cresceram 35% em relação ao mesmo período de 2019. Segundo Mário Sérgio Peres, diretor comercial da Confenar, o principal motivo para o crescimento foi o ganho de mercado sobre concorrentes que reduziram a oferta de produtos.

Suzano (SUZB3): 3,03%

A Suzano completa a trinca de vencedoras, com ganho de 3,03%, revertendo o sinal negativo registrado no início da sessão. O papel já se valorizou 7,50% nesta semana. Em relatórios, casas como Credit Suisse e Itaú BBA apontam para um cenário positivo em relação aos preços da celulose no exterior, principal produto da companhia.

*Com Estadão Conteúdo