Bolsas de valores avançam com expectativa de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
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Os principais mercados acionários globais mantêm o ritmo de alta iniciado ontem, terça-feira (12), impulsionados pelas crescentes expectativas de que a maior economia do mundo volte a cortar juros. Nos Estados Unidos, as bolsas renovaram máximas depois que a modesta alta da inflação reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deve iniciar a redução da taxa já no próximo mês.
Atualmente, a probabilidade implícita aponta cerca de 90% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual em setembro, com pelo menos outros três movimentos semelhantes até junho de 2026.
O clima ganhou ainda mais força após o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarar à Fox Business:
“A questão real agora é se teremos um corte de 0,50 ponto percentual em setembro.”
Nos demais mercados, o dólar prolonga a sequência de quedas recentes, os rendimentos dos Treasuries recuam e os contratos futuros do petróleo cedem, em meio à sinalização da Agência Internacional de Energia (AIE) de que o mercado deve registrar superávit crescente no fim deste ano e ao longo do próximo.
Já os preços futuros do minério de ferro avançaram 0,62% na madrugada, em Dalian, para US$ 112,18 por tonelada.
Esse bom humor externo tende a sustentar o desempenho dos ativos locais, mesmo diante das incertezas ligadas aos impactos do chamado “tarifaço” de Donald Trump.
Nesse contexto, o mercado aguarda a apresentação do plano de socorro do governo brasileiro aos setores mais afetados – em especial pequenas e médias empresas – para atenuar os efeitos das medidas comerciais.
Segundo informações preliminares, o pacote deve incluir linhas de financiamento, benefícios tributários e compras governamentais, condicionados à manutenção de empregos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que será aberto crédito extraordinário para viabilizar as ações, o que permitirá que essas despesas fiquem fora do limite de gastos do arcabouço fiscal, embora ainda contabilizadas para a meta fiscal.