

As ações da Brava (BRAV3) viveram dias intensos nas últimas semanas com a escalada da guerra comercial, causada pelas tarifas recíprocas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA). Em 2025, os papéis acumulam uma desvalorização de 25,17%. A maior parte das perdas corresponde ao mês de abril, quando as ações recuaram 23,81%. A queda acompanha a depreciação do petróleo que já caiu 15% desde o início do ano.
Para a Genial Investimentos, a companhia é a mais penalizada pela queda da commodity em comparação aos outros players do setor por ter o maiores custos de extração e pelo seu nível de endividamento. Contudo, a petroleira pode ter dias melhores nos próximos trimestres com a evolução da sua eficiência operacional. Segundo a corretora, a Brava aumentou em 81% a sua produção diária no primeiro trimestre em comparação aos meses de outubro e dezembro do ano passado.
O aumento reflete a eficiência operacional do campo de Atltanta, a continuidade de otimimização em Papa-Terra e a estabilidade da produção em Recônvaco. “Vale pontuar que o 4T24 é uma base fraca para comparação, dadas as paradas de Atlanta e Papa-Terra e entrada completa da operação de Parque das Conchas no 1T25. Ainda assim, a companhia tem apresentado melhoras operacionais que vêm se materializando sobretudo nos dois ativos citados”, informou a corretora.
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Por esse motivo, a Genial Investimento recomenda manter posição no papel. No entanto, os analistas alertam para dois fatores que devem estar no radar dos investidores: a evolução da eficiência operacional e os dados da certificação de reservas que devem dar maior visibilidade sobre a capacidade atual da companhia. “No macro, porém, a deterioração do cenário de preços para o Brent (atualmente em ~US$65) deve continuar a pressionar o setor”, destacou a corretora.
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Na sessão de quarta-feira (9), os papéis da Brava (BRAV3) tiveram um respiro ao encerrar o dia com uma leve alta de 0,11%. O alívio reflete a repercussão dos mercados com o recuo de Trump sobre o seu pacote tarifário. Na quarta-feira (9), o presidente americano suspendeu por 90 dias a aplicação das taxas para todos os países, exceto para a China que foi punida com uma alíquota de 125% com efeito imediato.