- O banco chegou à bolsa com um valor de mercado de US$ 46 bilhões e se tornou a instituição financeira mais valiosa do Brasil, à frente dos bancos tradicionais
O BTG Pactual iniciou cobertura do Nubank, que abriu capital na Bolsa de Nova York nesse mês, com recomendação neutra e preço alvo para 2022 de U$ 10, muito próximo do fechamento da sexta-feira (US$ 9,80). No entanto, vale destacar que na segunda-feira (20) as ações da companhia recuaram 8,78%, cotados a US$ 8,94. Foi a primeira vez que as ações do Nubank foram negociadas abaixo do preço definido no IPO, de US$ 9.
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No relatório, o BTG diz que o Nubank tem tudo que uma fintech poderia desejar: uma marca amada, milhões de clientes engajados, um fundador aspiracional e uma tabela de capitalização incrível. Chegou à bolsa com um valor de mercado de US$ 46 bilhões e se tornou a instituição financeira mais valiosa do Brasil, à frente dos bancos tradicionais.
E as declarações do fundador e CEO David Velez, de que a empresa pretende ser “a melhor fintech do mundo”, dão a entender que a ideia é se expandir para além da América Latina.
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Desde sua fundação em 2013, quando lançou seu famoso cartão de crédito roxo, o crescimento tem sido exponencial. Alcançou 48 milhões de clientes neste período e uma participação no mercado de cartões de crédito de 10%. Agora, quer ampliar sua atuação em outras áreas, como empréstimos pessoais, investimentos, seguros e conquistar países como Colômbia e México.
O BTG avalia que o baixo CAC (custo de aquisição do cliente) e o baixo custo de atendimento de cada cliente (CPS) são vantagens competitivas chaves para o Nubank. “Com isso, o Nu ainda pode ser lucrativo mesmo levando em consideração tíquetes muito baixos. Ele mostrou números de empréstimos em atraso melhores do que seus pares também, sugerindo que foi capaz de selecionar melhor os clientes”, afirmam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paúra. “A base muito grande, a receita média por cliente (ARPU) crescente e a eficiência excelente podem levar a um grande salto no ROE (retorno sobre patrimônio líquido).”
O relatório ressalta, porém, que, como o Nubank se parece muito mais com um banco do que com uma fintech, terá necessidade de capital para crescer, ao mesmo tempo em que terá custo de inadimplência.
Além disso, a combinação de um valuation muito alto com o cenário macroeconômico ruim pode tornar a aposta na ação muito arriscada. Assim, o BTG acredita que ser prudente em 2022 é a estratégia certa.
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