Mercado

Para gestores, candidatos vão se mover ao centro, sobretudo Lula

O petista tem dado sinais de pragmatismo, o que agrada aos investidores, de acordo com gestores da Miles Capital

Para gestores, candidatos vão se mover ao centro, sobretudo Lula
Lula e Bolsonaro devem ser candidatos ao cargo de presidente em 2022. Foto de Lula: Werther Santana/Estadão. Foto de Bolsonaro: Dida Sampaio/Estadão
  • O mercado espera que os dois principais candidatos à Presidência vão se mover ao centro, principalmente o petista, à medida em que se aproximam as eleições
  • Os gestores acreditam que uma nova carta ao mercado, como em 2002, é possível, mas apenas mais próximo da eleição

Bárbara Nascimento e Eduardo Laguna – O mercado espera que os dois principais candidatos à Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva, vão se mover ao centro, principalmente o petista, à medida em que se aproximam as eleições.

Em evento realizado pelo Credit Suisse na terça-feira (1), os gestores André Caldas, da Clave Capital, e Fabiano Custódio, da Miles Capital, apontam que, apesar de algum “morde e assopra” em alguns temas, Lula tem dado sinais de pragmatismo, o que agrada aos investidores.

“Uma coalização contra o governo atual seria bem vista pelo mercado. É cedo ainda, mas está se desenhando cenário que pode ser bom para a Bolsa, com Lula se voltando ao centro, com nomes fortes para economia, fazendo coalizão. Seria bem visto pelo mercado”, aponta Caldas.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Custódio completa: “Não acredito num Lula raivoso. Certamente, na minha opinião, terá um time – nos ministérios que importam na economia – de primeira linha. Mesmo que seja (eleito) Lula, que a priori assusta, acredito que vai ser um Lula reformista, mais ao centro. Quem governa o Brasil é o centro”.

Custódio acredita que uma nova carta ao mercado, como em 2002, é possível, mas apenas mais próximo da eleição. Uma sinalização mais forte agora poderia ter um efeito indesejado ao candidato, favorecendo o atual governo, explica.

“Se ele solta uma Carta aos Brasileiros no curto prazo, em março, ele ajuda o governo. O dólar cai, bolsa sobe, confiança aumenta e isso ajuda o governo. Acho que, assim como 2002, ele só mostre essa carta de Lula mais pragmático mais para frente”, completa.

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos