- A Cielo (CIEL3), que desde meados de 2018 vinha sendo considerada a grande perdedora da ‘guerra das maquininhas’, está subindo 57% no ano
- A companhia de serviços de pagamentos é a maior alta do Ibovespa no período e deixou para trás as antigas algozes Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34)
- Essa vantagem da Cielo vem da recuperação apresentada pela companhia no ano passado, após um longo período de resultados abaixo do esperado
Os primeiros quatro meses de 2022 estão promovendo uma revanche inesperada no mercado financeiro. A Cielo (CIEL3), que desde meados de 2018 vinha sendo considerada a grande perdedora da ‘guerra das maquininhas’, sobe 57% desde o início de janeiro, aos R$ 3,51.
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A companhia de serviços de pagamentos é a maior alta do Ibovespa no período e deixou para trás as antigas algozes Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34), listadas em Nova York, mas com BDRs (título que replica o movimento de ações estrangeiras) negociados no Brasil. As companhias acumulam baixas de 58% e 54%, respectivamente, a R$ 47,99 e R$ 15,40.
Essa vantagem da Cielo vem da recuperação apresentada no ano passado, após um longo período de resultados abaixo do esperado. Entre 2009 e 2020, a margem líquida da empresa caiu de 42,4% para 5,6%, justamente na esteira do aumento de competição no segmento de maquininhas, principalmente com a entrada de Stone e PagSeguro.
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Já em 2021, houve avanço substancial do Ebitda (30%), resultado líquido (+98%) e de volume financeiro de transações (+10,8%), além do aumento da margem líquida para 9,9%. Por outro lado, Stone e PagSeguro entregaram resultados abaixo do esperado.
O BTG Pactual tem recomendação neutra para Stone e PagSeguro. No caso da primeira, erros na abordagem comercial e de concessão de crédito teriam pesado nos últimos resultados e causado reprecificação. “Nossa percepção é que eles ainda querem fazer muitas coisas ao mesmo tempo, com vários desafios simultâneos, aumentando a complexidade do negócio. Como recuperar a confiança dos investidores leva tempo, permanecemos neutros enquanto monitoramos de perto as ações”, diz a instituição, sobre a Stone.
No início de abril, a principal escolha do BTG no setor de pagamentos se tornou a Cielo. “Se você quiser surfar a reprecificação, acreditamos que CIEL3 (e não PAGS ou STNE) pode ser o melhor caminho a percorrer (já que a avaliação é muito mais barata)”, afirma a instituição financeira, em relatório.
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