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- A joint venture com a Totvs é uma das operações que mostram que o Itaú está em "modo ofensiva" no mercado, de acordo com o BTG Pactual, que avalia a postura como positiva
- A nova companhia deterá os ativos da operação de techfin da Totvs, e deve explorar produtos e serviços financeiros e de tecnologia para clientes corporativos.
(Matheus Piovesana e Nina Gattis) – A joint venture com a Totvs é uma das operações que mostram que o Itaú está em “modo ofensiva” no mercado, de acordo com o BTG Pactual, que avalia a postura como positiva.
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O banco afirma que é cedo para tirar conclusões sobre os efeitos futuros da parceria, mas que em teoria, a operação anunciada nesta terça-feira (12) faz “muito sentido”.
“Destacamos que o Itaú firmou várias parcerias com empresas de software recentemente, como o acordo com a Omie (julho de 2021), com a Locaweb (abril de 2022) e agora com a Totvs através da JV”, escrevem os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.
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O acordo anunciado ontem cria uma empresa da qual Itaú e Totvs terão 50% do capital cada, com um investimento por parte do banco que pode ultrapassar R$ 1 bilhão, a depender do cumprimento de condições operacionais. A nova companhia deterá os ativos da operação de techfin da Totvs, e deve explorar produtos e serviços financeiros e de tecnologia para clientes corporativos.
“Considerado o earn out (de R$ 450 milhões), o montante da transação equivale a menos de 0,5% do valor de mercado do Itaú, uma opcionalidade bastante barata”, diz o BTG. Para o banco, a maior dúvida está em como a parceria efetivamente funcionará.
Os analistas lembram que a Linx, atualmente controlada pela Stone, teve parcerias com bancos e adquirentes no passado que não foram bem-sucedidas, e que a própria Stone tem tido dificuldades para integrar o ativo, cerca de um ano após completar a compra. A própria Totvs disputou a Linx com a Stone.
“A execução é desafiadora e será a chave para o sucesso da parceria”, dizem os profissionais. “De modo geral, gostamos do movimento estratégico e do acordo, e o fato de que ele envolve equity é um aspecto importante que aumenta as chances de sucesso.”
O que diz o Credit Suisse
O Itaú deve ser capaz de aumentar sua penetração nas pequenas e médias empresas (PMEs) diante da formação, avalia o Credit Suisse, que vê como positiva a notícia.
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“Vemos esse acordo de joint venture como um acréscimo para o Itaú, pois deve alavancar a atual base de clientes da Totvs para expandir sua franquia de PMEs, enquanto se beneficia da gestão conjunta de uma techfin já operacional e lucrativa com a Totvs em uma estrutura 50/50”, escrevem os analistas Marcello Teles, Daniel Vaz e Bruna Amorim em relatório.
O Credit reiterou recomendação outperform para os papéis do Itaú, com preço-alvo de R$ 33 e potencial de alta de 26,48% ante o último fechamento.