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Citi encerra ‘pair trade’ entre ações de Americanas e Magazine Luiza

O preço-alvo para a ação da Americanas é de R$ 43, o que representa um potencial de alta de 87%

Citi encerra ‘pair trade’ entre ações de Americanas e Magazine Luiza
Banco deu sua visão sobre as ações das duas empresas de varejo. (Foto: Reuters/Bobby Yip)
  • O preço-alvo para a ação da Magalu é de R$ 6,30, um potencial de alta de 60% sobre o último fechamento
  • Para avaliar o papel, o banco usou um modelo de fluxo de caixa descontado para patrimônio líquido de três partes

Beth Moreira – O Citi encerrou a tese de negociação de pares de Americanas versus Magazine Luiza (pair trade), após desempenho superior a 14% nas últimas duas semanas. Segundo o banco, o resultado do primeiro trimestre mostrou a Americanas superando tanto as vendas on-line (+20% de crescimento GMV para Americanas e 16% para Magazine Luiza) quanto a margem EBITDA (9,8% e 5,0%, respectivamente).

“Continuamos a ter uma preferência relativa pela Americanas entre o espaço de varejo on-line brasileiro, devido à sua melhor perspectiva geral para o ano (por exemplo, menor exposição a eletrônicos de consumo e linha branca)”, destacam os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo, Sergio Matsumoto e Cristian Ashwell.

O banco tem recomendação de compra para as ações da Americanas. “Vemos as ações sendo negociadas com um grande desconto em relação aos pares em uma base de EV/Vendas e acreditamos que as ações podem ser reclassificadas à medida que as sinergias/benefícios da fusão gradualmente venham à tona. Isso inclui maior agilidade operacional, redução de opex, estrutura simplificada para abrigar fusões e aquisições e novas iniciativas, entre outros”, destacam.

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O preço-alvo para a ação da Americanas é de R$ 43, o que representa um potencial de alta de 87%. O banco usa o modelo DCF, que assume um custo médio de capital próprio de 13,0%, que é resultado de uma taxa livre de risco em dólares de 2,5%, risco país de 3,0%, prêmio de risco de capital de 5,5%, beta de 1,0 e um diferencial de inflação de 2,0% entre Brasil e os Estados Unidos. O banco assumiu ainda uma taxa de crescimento de perpetuidade de 6,0%.

Magazine Luiza

O banco tem recomendação neutra para Magazine Luiza citando três motivos. “Apesar da diversificação, acreditamos que o mix geral de GMV do Magalu (=offline + online) permanece predominantemente discricionário/eletrônico e altamente sensível a variáveis macro”, afirmam. Além disso, destacam o cenário competitivo está se intensificando e deve afetar taxas de comissão dos comerciantes e custos de logística.

O preço-alvo para a ação da Magalu é de R$ 6,30, um potencial de alta de 60% sobre o último fechamento. Para avaliar o papel, o banco usou um modelo de fluxo de caixa descontado para patrimônio líquido de três partes. “Para 2023-2030, nosso fluxo de caixa livre cresce cerca de 25% ao ano em média, enquanto os dois últimos, para 2030-2033, estamos reduzindo o ritmo de crescimento do nosso FCFE para 8%”, informam.

A taxa de crescimento da perpetuidade nominal é de 6,5%, o que acreditam melhor capturar a tese de crescimento secular do e-commerce. O banco utilizou um custo de capital próprio (Ke) de 13,0%, que é resultado de uma taxa livre de risco em dólares de 2,5%, risco país de 3,0%, prêmio de risco de capital de 5,5%, beta de 1,05 e um diferencial de inflação de 2,0% entre Brasil e os EUA.

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