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Copa costuma ter efeito positivo nas ações do campeão, diz Santander

O banco aponta uma diferença a favor dos campeões de, na média, 0,3%

Copa costuma ter efeito positivo nas ações do campeão, diz Santander
Copa do Catar começa em 20 de novembro. Foto: REUTERS/Hamad I Mohammed
  • Existe correlação entre resultados da Copa do Mundo e o desempenho das ações? Segundo um relatório temático publicado pelo time de análises do Santander, há muitas vezes, sim, uma correlação
  • Ao comparar com o índice global de ações (MSCI ACWI) o desempenho das bolsas de países que venceram a Copa desde 1990 durante o primeiro mês após a conquista, o Santander aponta uma diferença a favor dos campeões de, na média, 0,3%

Existe correlação entre resultados da Copa do Mundo e o desempenho das ações? Segundo um relatório temático publicado pelo time de análises do Santander, há muitas vezes, sim, uma correlação.

Ao comparar com o índice global de ações (MSCI ACWI) o desempenho das bolsas de países que venceram a Copa desde 1990 durante o primeiro mês após a conquista, o Santander aponta uma diferença a favor dos campeões de, na média, 0,3%.

“A empolgação da nação campeã pode, pelo menos temporariamente, valer a pena no mercado de ações local, mesmo que de maneira sutil”, conclui o relatório, assinado pelos analistas Aline Cardoso, Ricardo Peretti e Alice Corrêa.

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As apostas do time de análises do banco apontam para uma vitória do Brasil em final contra a Espanha na Copa que começa a ser disputada no domingo, no Catar. Mas isso não significaria necessariamente um estímulo ao Ibovespa nas semanas seguintes ao torneio.

O Brasil se destaca negativamente nessa análise do Santander porque na última vez em que venceu a Copa, em 2002, o País passava por turbulências das eleições daquele ano, que terminariam com a vitória de Lula. Assim, no mês seguinte à conquista do pentacampeonato, a Bolsa ficou 20,9% atrás do índice internacional.

Agora, Lula volta a vencer a eleição e o mercado financeiro mostra instabilidade pelas incertezas sobre a gestão das contas públicas. Mas, fora isso, a mudança de calendário da Copa, por si só, já pode embaralhar a observação dos efeitos no mercado de ações.

Com a Copa sendo realizada entre novembro e dezembro, e não no meio do ano, como normalmente acontece, o Santander observa que haverá uma sobreposição do campeonato com dois eventos comerciais importantes: Black Friday e Natal. Assim, será difícil distinguir qual parte do aumento do consumo estará diretamente relacionada à Copa e qual parte virá da Black Friday e do Natal.

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O Santander observa ainda que as compras de TVs durante o longo período de isolamento causado pela pandemia pode limitar a comercialização do produto, que costuma ganhar força com a Copa. “Por essas razões, o evento deste ano envolverá uma mistura de fatores negativos e positivos, além de efeitos difíceis de prever”, escreveram os analistas do Santander.

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