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- Historicamente monopólio da Petrobras, o parque de refino brasileiro começou a ter sua venda planejada no governo Michel Temer, quando o então presidente da Petrobras Pedro Parente anunciou a venda de 25% das refinarias, mas não foi para frente
- A Petrobras anunciou na segunda-feira (27), que reiniciou os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul
- O preço dos derivados estão altos em relação ao petróleo (spread crack), o que aumenta a margem do refinador
Por Denise Luna – Se por um lado o momento é favorável para a Petrobras retomar a venda de parte do seu parque de refino, devido aos altos spreads obtidos com o preço de derivados no mercado global, por outro, o Brasil se encontra em ano eleitoral e vive um debate acalorado sobre o segmento, o que pode afastar investidores. A avaliação foi feita pelo Credit Suisse nesta terça-feira (28).
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Historicamente monopólio da Petrobras, o parque de refino brasileiro começou a ter sua venda planejada no governo Michel Temer, quando o então presidente da Petrobras Pedro Parente anunciou a venda de 25% das refinarias, mas não foi para frente. Com a posse de Roberto Castello Branco na estatal, em janeiro de 2019, foi anunciada a venda de metade da capacidade de refino, ou 1,1 milhão de barris por dia, em oito refinarias.
Até o momento, apenas a Refinaria de Mataripe, na Bahia, ex-Landulpho Alves, conseguiu ser vendida, e já existe reclamação dos seus controladores sobre os preços praticados pela estatal no mercado interno.
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A Petrobras anunciou na segunda-feira (27), que reiniciou os processos de venda da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, além dos ativos logísticos integrados a essas refinarias.
Para o Credit Suisse, se as vendas forem bem-sucedidas, os riscos da empresa diminuem para o investidor, pois a pressão sobre os preços serão mitigados pelos outros agentes privados. Além disso, reduziria necessidades futuras de capital para o downstream (refino), concentrando mais investimentos no upstream (exploração e produção), principal foco da empresa.
O banco observou, em relatório, que das sete refinarias restantes, três pequenas já possuem contrato assinado – Reman (AM) para Atem; SIX, de xisto, para a F&M; e a Lubnor para a Gepar – , enquanto a Regap, que refina 166 mil barris por dia e Minas Gerais, está na fase vinculante.
No entanto, o banco destacou que o Brasil está em período eleitoral e o debate em torno do tema pode pesar na atratividade do negócio. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas eleitorais, é contrário à venda das refinarias o que poderia comprometer a venda das unidades. Por outro lado, o preço dos derivados estão altos em relação ao petróleo (spread crack), o que aumenta a margem do refinador.
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“Embora o potencial comprador provavelmente avalie o ativo com crack spreads normalizado (longo prazo), o negócio pode se mostrar muito atraente em termos de fluxo de caixa de curto prazo, se tais spreads persistirem”, afirmou o banco.