A CVC (CVCB3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 24 milhões no primeiro trimestre de 2025. O volume é seis vezes o resultado de R$ 4,10 milhões reportado no mesmo período do ano passado. Já a receita líquida consolidada atingiu a marca de R$ 362,2 milhões, um crescimento anual de 14,1%. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 104,7 milhões entre janeiro e março, o que representa um avanço de 21,4% na mesma base comparativa.
Para Fabio Godinho, CEO da CVC, o desempenho da agência de viagens foi sustentado pelas três unidades de negócio.”Em 2024, quando estávamos dando continuidade à reestruturação da empresa, apenas o BSC cresceu. Esse ano teremos as três frentes avançando”, disse o executivo em entrevista ao Broadcast.
O CEO da companhia destaca ainda a contribuição da operação na Argentina para os resultados do trimestre. As reservas confirmadas no país dispararam 102% na comparação anual, refletindo a melhora da economia local e reestruturação do negócio da CVC no país. “Vemos uma aceleração maior lá, porque a situação da Argentina estava muito pior que a do Brasil e agora o País está em recuperação”, diz Godinho.
Para o Citi, a Argentina foi o grande responsável pelo resultado da companhia acima das suas expectativas no primeiro trimestre de 2025. Segundo o banco, o Ebitda da operação brasileira ficou 4% abaixo do previsto, enquanto na operação argentina, o indicador veio 50% superior ao calculado pelo banco. “A Argentina foi excepcional e compensou mais do que o esperado a performance abaixo do esperado no Brasil”, disse o analista João Pedro Soares.
No entanto, as despesas gerais, vendas e administrativas vieram 7% acima do previsto pelo Citi devido aos maiores custos vindos da Argentina. Com base nessa análise, o Citi mantém recomendação neutra para as ações da CVC (CVCB3) e estima um preço-alvo de R$ 2,10. A cotação representa uma depreciação de 14,98% em comparação ao pregão desta terça-feira (13), quando os papéis da agência de viagens encerraram o dia cotados R$ 2,47 após uma alta de 9,29%.