

Por Daniel Rocha
11/07/2025 | 11:45 Atualização: 11/07/2025 | 12:06

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Os membros do Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiram, por unanimidade, adiar a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da BRF (BRFS3), convocada para decidir sobre a fusão da empresa com a Marfrig (MRFG3), após acionistas minoritários alegaram irregularidades na operação. O encontro estava previsto para acontecer nesta segunda-feira (14). Agora, com a determinação do colegiado, a nova AGE deve ser marcada 21 dias depois após a disponibilização de novas informações exigidas pela autarquia. Procuradas pelo E-Investidor, BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) não quiseram comentar o assunto.
Essa é a segunda vez que a CVM determina o reagendamento do encontro em menos de um mês. Na primeira decisão, o colegiado da autarquia também solicitou a disponibilização de novas informações sobre as condições do processo de fusão das empresas. Contudo, os esclarecimentos não foram suficientes para colocar um fim na insatisfação dos investidores.
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O fundo Nova Almeida FIM, por meio da Latache Capital, foi o primeiro acionista a pedir um novo adiamento do encontro ao alegar “insuficiência da documentação apresentada, com destaque para o material de avaliação elaborado pelo JP Morgan e pelo assessor financeiro da BRF”. O pedido, segundo a CVM, foi realizado no dia 25 de junho. Dois dias depois, a solicitação ganha reforço com a manifestação da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e do investidor Alex Renato de Maura Fontana, membro da família fundadora da Sadia, marca que faz parte da BRF.
No processo, ao qual o E-Investidor teve acesso, os dois acionistas minoritários argumentaram que a proposta de substituição das ações causa prejuízo ‘substancial’ aos direitos dos acionistas da BRF. O texto também cita o vínculo dos membros dos Comitês Independentes, responsáveis por negociar e estruturar as condições da fusão dos negócios, com a Marfrig, acionista controladora e principal interessada na incorporação. Contamos os detalhes nesta reportagem.
O novo adiamento gerou incertezas e impactou as ações da BRF (BRFS3) e da Marfrig (MRFG3) na Bolsa de Valores brasileira. Às 11h20 (horário de Brasília), os papéis das duas empresas registravam quedas de 3% e 4,88%, respectivamente.
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