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Dólar chega aos R$ 6 com aversão do mercado ao pacote fiscal

A proposta, detalhada na manhã de hoje, visa reduzir o risco fiscal do País ao equilibrar as contas públicas

Dólar chega aos R$ 6 com aversão do mercado ao pacote fiscal
Dólar terminou a sessão desta quarta-feira (27) no maior valor da história do real, pouco antes do ministro Fernando Haddad anunciar o pacote de corte de gastos do governo e aumentar a faixa de isenção do IR. (Foto: Adobe Stock)

O dólar à vista bateu a cotação dos R$ 6 ao longo das negociações desta quinta-feira (28) com a repercussão do detalhamento do pacote fiscal pela equipe econômica. Após alcançar esse patamar de preço, o câmbio recuou, mas ainda continua próximo da cotação máxima ao ser negociado em R$ 5,990.

A disparada da moeda norte-americana frente ao real se deve ao descontentamento do mercado com a proposta de ajuste fiscal, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rede nacional na noite desta quarta-feira (27). O pronunciamento sobre o ajuste nas contas públicas também incluiu o anúncio da isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha salários de até R$ 5 mil.

“O mercado não gostou dos detalhes da coletiva sobre o pacote e da divulgação conjunta da medida do IR, inflacionária, e pede mais prêmios nos juros também. A Selic pode subir mais que o esperado”, comenta Guilherme Esquelbek, gerente de câmbio da corretora Correparti.

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A previsão da equipe econômica é que as medidas possam garantir uma economia de R$ 71,9 bilhões nos anos de 2025 e 2026 e de R$ 327 bilhões até 2030 para o orçamento público. Segundo informações do Broadcast, o governo enviará ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com impacto de R$ 11,1 bilhões em 2025, R$ 13,4 bilhões em 2026, R$ 16,9 bilhões em 2027, R$ 20,7 bilhões em 2028, R$ 24,3 bilhões em 2029 e R$ 28,4 bilhões em 2030.

O resultado sobre a proposta de ajuste fiscal estava no radar do o mercado financeiro desde outubro, quando a equipe econômica do governo informou que estava preparando medidas para reduzir as despesas públicas. A expectativa dos analistas era que o Executivo entregasse uma corte de gastos de pelo menos R$ 50 bilhões, além de correções nas despesas obrigatórios e discricionárias no orçamento público, como mostramos nesta reportagem.

No fechamento do pregão de ontem, o dólar encerrou com uma valorização de 1,81%, sendo cotado a R$ 5,9135.

Com informações do Broadcast

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