

O dólar hoje abriu em leve queda nesta quarta-feira (20) sob influência do desempenho “lateral” da moeda americana no exterior e sinais divergentes das commodities, com o petróleo subindo e o minério de ferro em baixa na China.
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O dólar hoje abriu em leve queda nesta quarta-feira (20) sob influência do desempenho “lateral” da moeda americana no exterior e sinais divergentes das commodities, com o petróleo subindo e o minério de ferro em baixa na China.
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No radar estão uma nova lista dos EUA de mais 400 produtos de aço e alumínio tarifados em 50%, discursos de dois dirigentes do Federal reserve (Fed, o banco central americano) e a ata da última reunião de política monetária da autoridade monetária americana (15h).
Por volta das 9h, o dólar caía 0,05%, a R$ 5,498.
O diretor do Fed, Christopher Waller, que tem direito a voto sendo candidato à sucessão de Jerome Powell, fala em evento antes do simpósio de Jackson Hole, enquanto o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic (não vota), participa de debate sobre economia (16h).
Internamente, o mercado de câmbio segue atento à crise diplomática entre EUA e Brasil e pode reagir negativamente à pesquisa Genial/Quaest apontando que a maioria dos brasileiros vê o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como melhor que o de Jair Bolsonaro (PL) – 43% contra 38%. A avaliação positiva de Lula subiu de 28% para 31%, a negativa caiu de 40% para 39% e a regular foi de 28% para 27%.
A pesquisa Genial/Quaest mostra também que a aprovação do governo Lula subiu pelo segundo mês consecutivo, de 43% para 46% (eram 40% em maio e não houve levantamento em junho). De acordo com o CEO da Quaest, Felipe Nunes, a melhora se deu por conta da “postura de liderança e defesa dos interesses nacionais” de Lula diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Investidores seguem de olho nos desdobramentos da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmando que leis estrangeiras só têm validade no Brasil após homologação judicial, o que foi visto como reação à sanção dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes. O setor bancário teme represálias legais tanto nos EUA por meio da Lei Magnitsky quanto no Brasil. Além disso, há receio de que o impasse possa afastar investidores estrangeiros e pressionar ainda mais o real.
No pregão desta terça-feira (19), a tensão causada pela tensão diplomática entre EUA e Brasil derrubou as ações dos grandes bancos na Bolsa de Valores, o que levou as empresas financeiras a perderem juntas R$ 41,2 bilhões em valor de mercado somente em um dia – leia a reportagem completa aqui.
Ontem, o dólar fechou em alta de 1,22%, a R$ 5,5009, maior valor desde 5 de agosto, pressionado pela decisão de Dino. Os impactos da notícia também devem seguir no dólar hoje.
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