Veja o desempenho do dólar hoje. Foto: Adobe Stock
O dólar hoje opera em baixa com a perspectiva do fim da paralisação do governo dos Estados Unidos, que chegou ao seu 41º dia nesta segunda-feira (10). O mercado segue à espera da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e de dados da inflação brasileira. Por volta das 9h30min, o dólar caía 0,44%, a R$ 5,309.
Nos EUA, os senadores aprovaram um acordo bipartidário que estende o financiamento do governo até janeiro, com votação prevista para dezembro sobre os créditos fiscais do Obamacare e reversão demissões de servidores.
O mercado também olha para o “dividendo tarifário” de US$ 2.000 proposto pelo presidente Donald Trump, que, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, pode ser viabilizado por cortes de impostos. A medida, na avaliação do economista André Perfeito, tende a agravar o quadro fiscal americano.
Na China, o CPI subiu 0,2% em outubro ante igual mês de 2023, contrariando a expectativa de queda de 0,2% da FactSet e revertendo o recuo de 0,3% de setembro. O governo chinês também suspendeu sanções a estaleiros sul-coreanos e flexibilizou exportações de minerais críticos, como gálio, germânio, antimônio e grafite, após a trégua comercial com Washington. As restrições haviam sido impostas em 2024 em resposta aos controles dos EUA sobre chips avançados.
Mercado de câmbio aguarda dados da inflação e ata do Copom
No Brasil, as atenções se voltam para a abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30) em Belém (PA), com expectativa pela declaração final dos países-membros. O Banco Central realiza coletiva sobre a regulamentação das negociações com ativos virtuais às 10h. O Boletim Focus mostra leve alta na projeção suavizada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, de 4,06% para 4,08%. Para 2025 e 2026, as projeções seguem em 4,55% — acima do teto da meta — e 4,20%, respectivamente.
O IPC-S subiu 0,23% na primeira quadrissemana de novembro, acumulando alta de 3,98% em 12 meses, segundo a FGV. A agenda da semana inclui a ata do Copom e o IPCA de outubro, nesta terça; as pesquisas de Serviços e Varejo, de setembro, na quarta e quinta; e o IGP-10, de novembro, na sexta.
Após o tom duro do Copom, que manteve a Selic em 15% pela terceira vez, o mercado busca na ata sinais sobre o início da queda dos juros, projetado entre janeiro e março de 2026. Também está no radar a troca dos diretores do BC Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização), em dezembro.
Na política, o presidente da Câmara, Hugo Motta, incluiu na pauta de terça o projeto de lei antifacção, em sessão semipresencial. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sancionará até amanhã o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Para mais informações sobre o dólar hoje, clique aqui.