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- O dólar hoje subiu 047% frente ao real e fechou a sessão cotado a R$ 6,05
- Por volta das 12h, a moeda norte-americana até havia entrado em tendência de queda, mas inverteu o sinal a partir da sabatina de Scott Bessent, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para liderar o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos
- Na contramão das sinalizações emitidas pela equipe do republicano no começo da semana, Bessent reforçou o discurso de adoção de uma política tarifária mais agressiva no país e enfatizou o compromisso de manter o dólar como a principal moeda de reserva mundial
O dólar hoje subiu 0,47% frente ao real e fechou a sessão cotado a R$ 6,05. Por volta das 12h, a moeda norte-americana até havia entrado em tendência de queda, mas inverteu o sinal a partir da sabatina de Scott Bessent, indicado pelo presidente eleito Donald Trump para liderar o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Na contramão das sinalizações emitidas pela equipe do republicano no começo da semana, Bessent reforçou o discurso de adoção de uma política tarifária mais agressiva no país e enfatizou o compromisso de manter o dólar como a principal moeda de reserva mundial.
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De acordo com André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferência internacional, cartão e conta global Remessa Online, a mensagem sobre manter o dólar como principal reserva mundial pode ser interpretada como uma resposta ao avanço econômico da China e às discussões sobre diversificação monetária global. Vale lembrar que o entendimento dos analistas é de que, se Trump cumprir as promessas de elevação de tarifas para produtos estrangeiros e retaliação à China, o resultado será um aumento da inflação e dos juros nos EUA – o que, consequentemente, desembocaria em uma escalada do dólar.
“As declarações fortaleceram o dólar no mercado internacional, gerando impacto tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro. Esse movimento reflete a sensibilidade dos mercados às sinalizações de política econômica e monetária do futuro governo americano, especialmente no contexto de uma economia global em transformação”, diz Galhardo.
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Outro ponto importante das declarações de Bessent foi a rejeição à ideia de implementar um dólar digital nos EUA, aos moldes do “Drex“, projeto de real digital que está sendo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil. Para o indicado ao Tesouro americano, não há necessidade desse tipo de tecnologia no País.
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