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Mercado está com a menor volatilidade em eleições desde 1988, diz BTG

O BTG é um dos principais veículos no Brasil usados por investidores estrangeiros para aportes no Brasil

Mercado está com a menor volatilidade em eleições desde 1988, diz BTG
Sócio do BTG Pactual, André Esteves fala sobre volatilidade no mercad oem período de eleições. Foto: BTG Pactual
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  • Para o executivo, isso é reflexo de uma evolução institucional da sociedade
  • Esteves argumenta que as eleições no Brasil sempre foram "carregados de maniqueísmos", das narrativas do bem contra o mal
  • Na eleição presidencial de 1989, lembrou Esteves, havia lideranças empresárias ameaçando deixar o Brasil

Por Altamiro Silva Junior – O Chairman e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves, disse que, a menos de 50 dias das eleições, a volatilidade no mercado financeiro brasileiro tem sido a menor em período eleitoral desde a redemocratização. Para o executivo, isso é reflexo de uma evolução institucional da sociedade.

“Todo mundo aqui tem a certeza de que não vai ter confusão econômica no Brasil quem quer que ganhe a eleição”, disse em evento do BTG. E é justamente essa certeza que está deixando a volatilidade baixa nos preços dos ativos, como em países com nível mais alto de renda. “O mercado no Japão não entra em estresse porque vai ter uma eleição, as pessoas seguem suas vidas.”

Esteves argumenta que as eleições no Brasil sempre foram “carregados de maniqueísmos”, das narrativas do bem contra o mal, do sucesso contra o fracasso. Nesse ambiente, a volatilidade no mercado era enorme antes das urnas, sempre com muito estresse nos pregões.

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O BTG é um dos principais veículos no Brasil usados por investidores estrangeiros para aportes aqui e Esteves disse não ter visto entre eles preocupação com a transição de poder. E nem entre brasileiros. “Não vejo nenhum empresário cancelando planos de investimento.”

Na eleição presidencial de 1989, lembrou Esteves, havia lideranças empresárias ameaçando deixar o Brasil. “Não existe nada parecido com isso, o cara não vai nem sair de férias.” Naquele ano, com o crescimento de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas, o então presidente da Fiesp, Mario Amato, disse que “uns 800 mil empresários terão que ir para outro lugar”. Para Esteves, a sociedade atingiu maturidade de olhar o processo eleitoral com “naturalidade” e o indício claro disse é a baixa volatilidade no mercado. “Com alguma ansiedade, alguma incerteza, alguma dúvida, mas com naturalidade.”

Nos preços dos ativos, a avaliação de Esteves é que o Brasil está barato – moedas e bolsa. “As taxas de juros chegaram no seu pico, pararam de crescer. Acho que a alta de juros já parou. A inflação está caindo no Brasil.”

Passada a eleição, Esteves acredita que vai ter um rali de preços no mercado brasileiro. “Um movimento construtivo de mercado, porque vai ter um novo futuro, uma nova certeza, vai ter nova discussão sobre bases mais concretas e objetivas.”

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