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Guide vê risco da eleição para estatais e recomenda congelar compras

No entanto, a performance das ações tem sido superior na eleição de 2022 ante os dois últimos pleitos

Guide vê risco da eleição para estatais e recomenda congelar compras
(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
  • A Guide recomenda não aumentar posições nas companhias por enquanto
  • A relação risco-retorno parece ruim no momento tendo em vista as declarações de alguns candidatos
  • Já o Ibovespa não tem sofrido grandes oscilações em relação às eleições anteriores

Analistas da Guide Investimentos enxergam riscos para os papeis das empresas estatais na Bolsa por conta de resultados nas eleições presidenciais deste ano que podem desagradar o mercado. Assim, recomendam cautela e a espera de um melhor momento para o investidor aumentar as suas posições nas companhias. “Acreditamos que faça mais sentido esperar um momento melhor para aumentar posições em empresas estatais”, alertaram os analistas, no documento.

A recomendação trata-se de uma cautela para o investidor mesmo após os recentes bons resultados apresentados financeiros mostrados pelas estatais –  além disso, a performance dos papéis delas estão bem melhores do que em 2014. “A relação risco-retorno parece ruim neste momento dada a proximidade das eleições e diversas declarações de alguns candidatos no sentido de rever a atuação das empresas estatais”, acrescentam.

A performance das ações das empresas estatais tem sido superior no período eleitoral deste ano em comparação com as duas últimas eleições presidenciais. Mas a realidade pode sinalizar pouco espaço para novos ganhos caso o resultado do pleito seja considerado positivo pelo mercado. Por outro lado, há o risco dos papéis das companhias sofrerem fortes quedas caso os candidatos eleitos surpreendam o mercado de forma negativa.

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A corretora analisou o desempenho das ações da Petrobras (PETR4/PETR3), Banco do Brasil (BBAS3), Eletrobras (ELET6/ELET3) e Cemig (CMIG4) nos anos de 2014, 2018 e de janeiro até o dia 11 de setembro deste ano. As quatro empresas apresentaram melhores retornos neste ano de eleição, quando registraram uma alta de 54,3% enquanto nos anos de 2018 e de 2014 a variação média das empresas foi de -2,6%  e 34%, respectivamente.

Em relação ao Ibovespa, o relatório da corretora destaca que o desempenho no acumulado do ano não tem sido de grande oscilação em função das eleições. A performance do principal índice da B3 segue abaixo do desempenho observado durante o mesmo período de 2018, mas acima em relação a 2014. No entanto, o principal índice da Bolsa Brasileira apresenta um resultado melhor em comparação a outros índices internacionais este ano.

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