A Equatorial (EQTL3) se tornou a acionista de referência no processo de privatização da Sabesp (SBSP3), após ser a única finalista na disputa pelo controle da empresa paulista de águas e saneamento básico. O anúncio foi feito pela própria Sabesp, em comunicado, na última sexta-feira (28).
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Com o resultado, a empresa do setor elétrico deverá desembolsar R$ 6,9 bilhões para deter 15% da participação acionária da companhia de águas — ainda que a proposta original de privatização tivesse previsão para dois investidores de referência ao término do processo.
Prestes a assumir o controle da maior empresa de saneamento básico da América Latina, a Equatorial está no ramo há apenas dois anos. Em julho de 2022, a companhia passou a operar a Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA), responsável pelo abastecimento de 730 mil habitantes nos 16 municípios amapaenses.
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Em São Paulo, os números não serão tão modestos: a empresa estará presente em 375 municípios, com mais de 28 milhões de usuários atendidos pela Sabesp. O intuito do governo paulista é reduzir sua participação de 50,3% na Sabesp para 18%. Com isso, há previsão de investimentos no montante de R$ 70 bilhões até 2029, visando à universalização dos serviços, por parte da controladora.
Em seu setor de origem, a Equatorial é responsável por distribuir energia elétrica para sete unidades federativas, por meio de concessionárias, nas regiões Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Entre os clientes, estão os habitantes do Rio Grande do Sul, Goiás, Amapá, Maranhão, Pará, Piauí e Alagoas.
O anúncio foi recebido com otimismo pelos investidores de ambas as empresas. Os papéis da Equatorial registram alta de 0,53% nesta terça-feira (2), negociados a R$ 32,22, às 10h32. Apesar de acumular perdas de 8,41% em 2024, desde ontem, primeiro dia do mês de julho, a Equatorial tem alta de 4,99%. As ações da Sabesp, por sua vez, sobem 0,87% hoje e acumulam ganho de 41% desde o começo do ano.