O pregão desta quarta-feira voltou a ser negativo no exterior. A percepção de uma postura agressiva dos bancos centrais na condução da política monetária, com riscos de recessão, voltou a conduzir os ativos, fortalecendo o dólar e penalizando as bolsas, além de pressionar para cima o rendimento dos treasuries.
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Assim, ao final do pregão, as bolsas americanas mostraram leve queda. Os preços do petróleo operaram voláteis, mas firmaram alta no fim da manhã, de olho na queda dos estoques dos EUA e na decisão da OPEP+ de reduzir sua produção em 2 milhões de barris por dia, em novembro. No câmbio, a libra se destaca negativamente, após comentários da premiê reacenderem o temor fiscal no Reino Unido, embalando o avanço do dólar, que também subiu ante moedas de países emergentes.
No Brasil, o dia teve início com os investidores avaliando a divulgação da produção industrial, que veio em linha com o esperado, praticamente não fazendo preço nos ativos. No front eleitoral, o mercado seguiu acompanhando as costuras de apoio no segundo turno e as promessas de Governo.
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Para os mercados, a cautela externa favoreceu a continuidade da realização de lucros no câmbio e no juros, mas a bolsa descolou e conseguiu se sustentar no azul. O índice foi beneficiado pelo bom desempenho das commodities, com destaque para Petrobras. Desta maneira, ao final da sessão, o Ibovespa era negociado aos 117.198 pontos, com avanço de 0,83% e giro financeiro de R$ 33 bilhões.
O dólar vs. real, por sua vez, fechou em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,18/US$, contribuindo para a abertura das curvas de juros. A recomposição de prêmio nas taxas se deu ainda pelas incertezas fiscais. Como direcionadores dos próximos dias, investidores aguardam os dados do mercado de trabalho nos EUA, que serão divulgados na sexta-feira.