A terça-feira foi marcada por um sentimento de maior cautela com os investidores adotando uma
postura mais defensiva no Brasil e no exterior. Pela manhã, os dados econômicos reportados na
Europa frustraram as expectativas dos analistas. Na Alemanha, houve piora das expectativas
econômicas e nas encomendas feitas pela indústria. Assim, os principais índices acionários por lá
encerraram no campo negativo.
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Nos EUA, da mesma forma, o sentimento de busca por proteção prevaleceu nos mercados na volta do feriado. Na véspera da divulgação da ata da última decisão de política monetária nos EUA, os investidores se decepcionaram com os dados do setor de serviço que vieram abaixo do consenso de mercado.
Além dos dados mais fracos, a variante Delta do coronavirus também impõe cautela nos mercados. Assim, as bolsas por lá tiveram um dia de realização de lucros com exceção do Nasdaq que, mais uma vez, renovou máxima histórica de fechamento. No Brasil, além do exterior negativo, a tensão política, os impasses em relação à reforma tributária, as preocupações fiscais por conta do anúncio da extensão do auxílio emergencial por mais 3 meses e as preocupações com inflação após o recente ajuste da bandeira vermelha, além do aumento da gasolina, contribuíram para a queda do Ibovespa.
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Assim, o Ibovespa encerrou em queda de 1,44%, aos 125.095 pontos. Todas as blue ships foram impactadas exceto a Vale que tem se beneficiado dos preços elevados do minério de ferro. No mercado de commodities, o petróleo encerrou em forte queda em função dos impasses da OPEP+ e do fortalecimento do dólar. No mercado de moedas, o dólar se fortaleceu globalmente mas o real liderou as perdas entre emergentes. O avanço do dólar foi de 2,39%, fechando cotado aos R$ 5,21/US$. Na agenda desta quarta-feira, destaque para a divulgação das vendas no varejo no Brasil referente ao mês de maio.