Se havia muita expectativa para a principal agenda da semana, o payroll na sexta-feira, hoje, o discurso
de Jerome Powell, presidente do FED, pode aumentar ainda mais as atenções para o dado que será
conhecido e que pode ser o principal balizador da próxima decisão de política monetária. No discurso da
autoridade monetária, ao Comitê Bancário do Senado, ficou claro que o banco central norte-americano
pode, e muito provavelmente vai, subir as fed funds para além do que o mercado inicialmente esperava.
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O pronunciamento hawkish (firme no combate à inflação), acentuou as perspectivas de que os juros
continuarão subindo, com os juros futuros apontando para níveis superiores a 5,5%, de forma que a nossa projeção de uma taxa terminal de 5,75% não é improvável. Após Powell, as apostas majoritárias pelos agentes de mercado, agora são de uma retomada de elevação de 0,5pp na reunião deste mês.
Assim, a sessão foi de queda para as bolsas em NY e não foi diferente para as principais bolsas europeias. Por aqui, após uma abertura positiva, impulsionada pelo avanço do minério de ferro, a aversão ao risco ganhou força, em linha com o comportamento externo. Contribuiu para o desempenho negativo a queda do petróleo que pressionou as ações das petrolíferas, bem como o acordo da Petrobras com a Equinor para investimentos em projetos de geração eólica, que irá demandar alto capex e assim pode afetar a
distribuição de dividendos da estatal (leia mais abaixo).
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Com esse pano de fundo, o dólar subiu 0,44% cotado aos R$ 5,19, enquanto o Ibovespa recuou 0,45% cotado aos 104.228 pontos, com giro financeiro de R$ 21 bilhões. Apesar do comportamento dos juros futuros nos EUA, no mercado doméstico a curva à termo apresentou queda em praticamente todos os vértices, à espera do novo arcabouço fiscal que deve ser anunciado em breve.