A quinta-feira foi marcada por um movimento de forte aversão ao risco nos mercados. As bolsas europeias fecharam em queda com perdas consideráveis, superiores a 2%. Nos Estados Unidos, as perdas foram próximas de 1%. Preocupações com a recuperação global, envolvendo a variante Delta do Coronavirus e movimentos de bancos centrais pesaram nos mercados financeiros em geral. Os mercados reagiram mal à sinalização da China de estimular, via compulsórios, a economia real, e também à revisão de estratégia do Banco Central Europeu, que adotou meta de inflação de 2%, o que foi entendido como ultra acomodatício, daí os questionamentos sobre a retomada global.
Leia também
Soma-se a isso a divulgação da ata da última decisão de política monetária nos EUA ontem que trouxe um tom mais suave do que se imaginava.
A sinalização de que o progresso substancial adicional que se deseja ver na economia americana ainda não foi alcançado deixou o mercado com um pé atrás. No Brasil, os investidores começaram o dia avaliando a divulgação do IPCA de junho.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Apesar da desaceleração de 0,83% em maio para 0,53% em junho, a abertura mostrou pressão dos preços ao consumidor e não trouxe alívio para o mercado, ainda mais considerando os anúncios recentes de reajuste da bandeira vermelha e o aumento da gasolina. A difusão continua alta, o núcleo da inflação está subindo, a inflação de serviços está voltando e a inflação industrial permanece em patamar elevado. Para o Ibovespa o dia também foi de perdas.
Além do exterior negativo, os ativos locais foram impactados pela escalada do risco político e ainda pelas indefinições da reforma tributária. O Ibovespa ao final do pregão encerrou com recuo de 1,25%, aos 125.428 pontos, acompanhando os pares internacionais. O dólar, por sua vez, se valorizou 0,29%
em relação ao real, terminando cotado aos R$ 5,26/US$. Amanhã a B3 estará fechada por conta do feriado em SP.