A semana começou com sinais mistos para os principais mercados globais. Pela manhã nos Estados Unidos, indicadores da economia vieram mais fortes que o esperado e promoveram uma nova rodada de aumento das apostas na alta dos juros pelo FED. Agora, mais de 87% dos agentes acreditam em uma nova alta de 0,25 pp na próxima reunião de maio.
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No final, as bolsas americanas que operaram praticamente o dia todo no negativo, inverteram o sinal impulsionadas por ações do setor financeiro e encerraram a sessão com leves ganhos. Já na Europa, em dia de agenda macroeconômica esvaziada, os índices até chegaram a subir de maneira mais consistente no início do pregão, mas perderam força na esteira da piora do sentimento de risco em Nova York.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, descartou uma mudança na meta da inflação de 2% neste momento, mas se mostrou aberta a discutir o tema quando o objetivo for alcançado.
Por aqui, o Boletim Focus mostrou leve piora nas estimativas de inflação e de crescimento econômico, porém pela primeira vez em pouco mais de três anos indicou uma perspectiva de queda na taxa Selic esperada para dezembro de 2023.
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A projeção para a taxa básica referencial recuou para 12,5%, ante os 12,75% que vigoravam desde a edição de 10 de fevereiro. Além disso, a economia brasileira voltou a mostrar retração em janeiro, conforme leitura do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que recuou 0,04%, ante expectativa de queda de 0,2% e avanço de 0,47% em dezembro.
Em relação ao envio da proposta do arcabouço fiscal ao Congresso, cuja expectativa inicial era de que a matéria avançasse hoje, ficou para amanhã – o que acabou gerando certa frustração nos investidores.
Neste ambiente, e adicionalmente à queda do minério de ferro e do petróleo, o índice Ibovespa recuou 0,25%, encerrando aos 106.015 pontos, com giro financeiro de R$ 19,8 bilhões, e avanço de 0,45% do dólar frente ao real, cotado a R$ 4,93.
Nos juros, o movimento foi de alta moderada nos vértices curtos, e de leve queda nos vencimentos
mais longos.
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