O grande evento do dia no cenário global foi a decisão de política monetária nos Estados Unidos.
Conforme amplamente esperado, o FED anunciou nova alta de 0,75 p.p. nos fed funds, conduzindo os
juros para a faixa 3,0% a 3,25%. Imediatamente após a decisão, as bolsas americanas aceleraram em
baixa, pressionando também o Ibovespa para o campo negativo.
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Passada a primeira reação, os investidores voltaram suas atenções à entrevista coletiva do presidente do FED, Jerome Powell. Em seu discurso, a autoridade monetária indicou que, em algum momento será apropriado desacelerar o ritmo das altas de juros, mas indicou que a tarefa de reduzir a inflação deve requerer mercado de trabalho mais fraco e menos crescimento.
Powell sinalizou ainda que não é possível saber se a política do FED levará a uma recessão e antecipou que mais elevações nos juros serão apropriadas. Neste ambiente, e à medida que avaliavam as informações, os mercados de Nova York mostraram intensa volatilidade, oscilando entre altas e baixas, mesmo movimento visto na bolsa brasileira. Já na reta final dos negócios, os investidores voltaram a adotar postura cautelosa, com os índices de Nova York acelerando na queda,
encerrando com perdas próximas a 1,7%.
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Neste contexto, o Ibovespa encerrou também em baixa, de menor intensidade, de 0,52%, aos 111.936 pontos e giro financeiro de R$ 32 bilhões. No câmbio, o dólar avançou 0,4%, aos R$ 5,17. No cenário local, o dia também foi de expectativa pela decisão de política monetária, com a decisão do COPOM sendo conhecida apenas após o fechamento do mercado.