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Fechamento de Mercado: Ibovespa acompanha pares americanos e encerra no positivo

Fechamento de Mercado: Ibovespa acompanha pares americanos e encerra no positivo
O setor de tecnologia, composto por empresas como Multilaser, é afetado pela Selic alta. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

No exterior, as bolsas europeias encerraram em alta no início da tarde de quarta-feira, ampliando ganhos de ontem, com menor cautela em relação à China e no aguardo da decisão de política
monetária nos EUA que, até aquele momento, não tinha sido conhecida. Ao longo da tarde, os investidores acompanharam atentamente a decisão do FOMC e a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Como era amplamente esperado, o Fed manteve a taxa básica de juros no intervalo de 0-0,25%. Na entrevista coletiva, Powell deu sinalizações que o início do tapering se aproxima. De acordo com ele, já há consenso entre dirigentes sobre cronograma do tapering (redução na compra de ativos financeiros). Segundo o dirigente, um payroll (criação de empregos no mercado formal) “razoável” em setembro já poderia apoiar o início do processo em novembro.

Sobre a forma do “tapering”, o dirigente indicou que concluir o processo em meados do próximo ano (2022) pode ser apropriado. Os mercados reagiram a este pronunciamento com a perda de folego das bolsas americanas, alta do dólar e os juros das treasuries ganharam força. Ao final do pregão, as bolsas americanas encerraram com altas próximas de 1%. No mercado de commodities, o preço do minério de ferro saltou mais de 16% na madrugada, em meio a um alivio nas tensões chinesas envolvendo a incorporadora Evergrande, impulsionando as ações de mineradoras e siderúrgicas brasileiras.

No Brasil, no aguardo da decisão do Copom, conhecida após o fechamento do mercado e, diante de uma melhora na percepção de risco relacionado à economia chinesa, o Ibovespa acompanhou os pares americanos e encerrou no campo positivo, com uma alta de 1,84%, aos 112.282 pontos. O dólar vs. real encerrou em alta de 0,34%, cotado aos R$ 5,30 Para a decisão do Copom, o mercado espera uma alta de 1 p.p. Caso esta alta seja confirmada, levaria a Selic para o patamar de 6,25% a.a. O comunicado pós decisão deve ser avaliado com atenção já que pode indicar a magnitude das próximas altas de juros no último trimestre do ano.

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