A sessão desta sexta-feira foi de apetite por risco no exterior, com a maioria das Bolsas na Europa e com os mercados acionários em Nova York fechando em alta. O clima mais positivo lá fora teve como principal direcionador, a desaceleração da inflação medida pelo PCE e os sólidos gastos com consumo nos Estados Unidos. O índice de preços de gastos com consumo (PCE), métrica relevante usada pelo banco central norte-americano para pautar suas decisões de política monetária, teve alta de 6,3% na comparação anual, desacelerando após alta de 6,6% em maio. A leitura dos números aliviou, por ora, os temores de estagflação e de aumentos de juros mais fortes no país.
Assim, em meio a expectativas de um Fed mais dovish (suave), as bolsas em NY fecharam com altas significativas, com destaque para o índice Nasdaq, que avançou 3,33%. No mercado de commodities, o petróleo fechou em alta e subiu mais de 4% na semana, em meio a temores sobre a oferta global. Além disso, o sentimento favorável ao risco no exterior, com o dólar recuando ante pares globais, também ajudou as cotações dos contratos futuros do barril.
Aqui no Brasil, nem mesmo o rali em NY, conseguiu estimular o Ibovespa, que fechou com alta modesta de 0,05% aos 111.942 pontos. Mesmo com o bom desempenho de papéis de bancos, siderúrgicas e Vale, as perdas de mais de 4% da Petrobras pesaram sobre o índice, deixando de lado o avanço nas cotações do petróleo.
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No mercado de câmbio, o dólar recuou ante o real (-0,49%), em sintonia com o desempenho frente à maioria das moedas de países emergentes e exportadores de commodities, e fechou cotado aos R$ 4,74. Na agenda doméstica da semana que vem, destaque para o resultado do PIB do primeiro trimestre, dados de emprego e produção industrial.
No exterior, o foco estará nos dados de emprego nos EUA. Vale lembrar que na próxima segunda-feira será feriado nos EUA e os mercados permanecerão fechados por lá.