No exterior, o sentimento de cautela prevaleceu ao longo do dia. As bolsas na Europa e nos EUA encerraram no campo negativo (destaque para a queda forte do Nasdaq de 2,83%), enquanto o dólar se fortaleceu frente às principais divisas e houve a disparada dos juros das treasuries. O dia foi marcado pelas preocupações com o ritmo de crescimento da economia chinesa e temores quanto ao início de normalização da política monetária nos EUA. No Brasil, pela manhã, os investidores avaliaram a ata do Copom referente à última decisão de política monetária, quando o BC promoveu uma alta de 1 p.p., levando a Selic para o patamar de 6,25% a.a.
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De acordo com o documento, o BC deve seguir promovendo altas de igual magnitude nas duas próximas reuniões, com a Selic atingindo o patamar de 8,25% no final do ano. Segundo o BC, qualquer mudança no plano de voo está condicionada às próximas divulgações de dados de inflação e atividade. Quanto à taxa terminal, o BC se mostrou inclinado a adotar uma política monetária mais contracionista do que se imaginava até então. O mercado de juros reagiu ao documento com as taxas de juros futuras encerrando em alta.
Em relação ao Ibovespa, o cenário doméstico também pesou nos negócios, com os investidores apreensivos com o quadro de fragilidade fiscal e aumento da inflação. Assim, acompanhando o movimento das bolsas americanas, o índice fechou em queda de 3,05%, aos 110.124 pontos. Dentre os setores, vale comentar a queda forte do setor de siderurgia e mineração, com destaque para a Vale, após mais um dia de recuo do preço do minério de ferro de cerca de 6% nesta madrugada. As ações da Petrobras também tiveram um pregão de instabilidade após o reajuste do valor do óleo diesel em suas refinarias. O dólar encerrou em alta de 0,85%, aos R$ 5,42.
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